UERJ
Departamento de Ciências Sociais
IFCH02-06902 TóPICOS ESPECIAIS DE ANTROPOLOGIA XI:
Memória social e identidade
Profa. Simone Pondé Vassallo
3ª M5/M6 e 5ª M3/M4
2012/2
Ementa:
Este curso pretende refletir sobre a complexidade do conceito de memória social, dando ênfase à sua dimensão social e coletiva e à sua íntima relação com o processo de elaboração de identidades grupais. Procuraremos entendê-lo a partir da sua complexidade, o que implica em abordar as questões que ele suscita, os contextos em que se expressa, as relações de poder que o atravessam, as dinâmicas de lembranças e esquecimento que engendram. Partimos do entendimento que a memória não é consensual, que se presta a leituras diferenciadas e é alvo de constantes disputas políticas. A análise procura abranger diferentes contextos, tais como o dos discursos nacionalistas, das reivindicações étnicas, da constituição de patrimônios (materiais e imateriais), dos museus e coleções, da globalização, da hiper mediatização das sociedades, do multiculturalismo, da economia de mercado. Para tanto, analisaremos a obra de diferentes autores, clássicos e contemporâneos, de diferentes tradições intelectuais.
Bibliografia preliminar:
ABREU, Regina; CHAGAS, Mário de S.; SANTOS, Myrian S. Museus, coleções e patrimônios: narrativas polifônicas. Rio de Janeiro, Garamond, 2007.
CLIFFORD, James. “Museologia e contra-história: viagens pela Costa Noroeste dos Estados Unidos”. In: ABREU, R. e CHAGAS, M. Memória e patrimônio, ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro, DP&A, 2003.
GONDAR, Jô e DOBEDEI, Vera. O que é memória social? Rio de Janeiro, Contra Capa, 2005.
GONÇALVES, José Reginaldo. Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônios. Rio de Janeiro, MinC/ IPHAN, 2007.
HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo, Vértice, 1990.
HUYSSEN, Andréas. Seduzidos pela memória. Rio de Janeiro, Aeroplano, 2000.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas, Unicamp, 2006.
NORA, Pierre. “Entre a memória e a história: a problemática dos lugares”. In: Projeto História, São Paulo, 10, 1995.
OLIVEIRA, João Pacheco de. “O retrato de um menino Bororo: narrativas sobre o destino político dos índios e o horizonte político dos museus, séculos XIX e XXI”. Revista Tempo, 2007.
POLLAK, Michael. “Memória e identidade social”. In: Estudos históricos, vol. 5, nº 10, 1992.
POLLAK, Michael. “Memória, esquecimento, silêncio”. In: Estudos Históricos, vol. 2, nº 3, 1989.
PORTELLI, Alessandro. “O massacre de Civitella Val di Chiana (Toscana,: 29 de junho de 1944): mito, política, luta e senso comum”. In: FERREIRA, m. e AMADO, J. (orgs.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2006.
SANSI-ROCA, Pierre. “De armas do fetichismo a patrimônio cultural: as transformações do valor museográfico do candomblé em Salvador da Bahia no século XX”. In: Museus, coleções e patrimônios: narrativas polifônicas. Rio de Janeiro, Garamond, 2007.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. “Equívocos da identidade”. In: O que é memória social? Rio de Janeiro, Contra Capa, 2005.
------------------------------------------------------------------------------------
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Departamento de Ciências Sociais
Professor Carlos A. Costa Ribeiro.
Disciplina: SOCIOLOGIA III: Funcionalismo.
Horário: 2ª N1/N2 e 4ª N3/N4
Objetivo:
O objetivo deste curso é apresentar a teoria funcionalista em sociologia. Começaremos definindo os fundamentos mínimos da explicação “funcionalista” em sociologia. A partir desta definição apresentaremos diferentes explicações e interpretações que autores ligados à teoria funcionalista utilizaram para entender problemas de pesquisa específicos. Inicialmente apresentaremos dois trabalhos clássicos de Emile Durkheim, e em seguida uma série de trabalhos tratando dos temas da desigualdade e do desvio.
Avaliação:
Duas provas, uma no meio e outra no final do curso.
Literatura básica:
Stinchcombe, Arthur (1968). “Functional Causal Imagery.” In Stinchcombe, A.. Constructing Social Theories. The University of Chicago Press.
Durkheim, E. (1977). O Suicídio: Estudo de Sociológico. Editora Livraria Martins Fontes.
Durkheim, E. (1973). Da Divisão do Trabalho Social. In Os pensadores. Abril Editora.
Parsons, Talcott (1954). “A Revised Analytical Approach to the Theory of Social Stratification.” In, Bendix, R. and Lipset, S.M. (Ed). Class, Status and Power. New York: Free Press.
Davis, Kingsley and Wilbert E. Moore (1945). “Some Principles of Stratification.” American Sociological Review 10, pp. 242-249. (Texto disponível em português)
Huaco, George (1966) “The Functionalist Theory of Stratification: Two Decades of Controversy.” Inquiry: An Interdisciplinary Journal of Philosophy, Volume 9, Issue 1 & 4, 1966, pp 215-240
Merton, Robert (1968) “Social Structure and Anomie” and “Continuities in the Theory of Social Structure and Anomie.” In Merton, R.. Social Theory and Social Structure. Free Press. (Texto disponível em português)
Davis, Kingsley (1937) “The Sociology of Prostitution”. American Sociological Review, vol.2, n.5, pp. 744-755.
Bell, Daniel (1953) “Crime as an American Way of Life.” The Antioch Review, vol. 13, no. 2, Summer.