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sábado, 8 de agosto de 2015

EMENTAS ELETIVAS 2015.2
ANTROPOLOGIA


Disciplina: Top. Esp. em Ant. XL 
Corpo, Ritual e Performance
Professor responsável: Edilson Pereira
Horário: 4ª T3/T6 
Objetivos:
Este curso visa promover uma reflexão sobre os rituais, as performances e o ‘lugar’ que o corpo humano ocupa neles. De modo geral, os rituais costumam ser concebidos como um conjunto de atos comunicativos contendo algum grau de formalização e simbolização, frequentemente associados à produção de uma temporalidade e espacialidades particulares. Tratados por certos autores como “atos de sociedade”, eles seriam momentos especiais que se distinguiriam da vida do dia-a-dia, mas que também revelariam alguns de seus aspectos mais profundos e latentes. Complementarmente, tal campo criativo e expressivo apresenta interessantes conexões com o universo das performances: sejam estas últimas associadas àquilo que se desdobra de uma teoria do ritual (como a trajetória de Victor Turner rumo a uma Antropologia da Performance demonstrou), sejam como atividades “entre campos” – da dança, poesia, teatro, artes visuais etc. – e que se constituíram, no século XX, como um gênero artístico marcado pela centralidade conferida ao corpo humano. Sob essa segunda chave, importa observar no curso em que medida certas performances e rituais engendram, ainda que em níveis variados, mecanismos análogos de dramatização, reforço ou questionamento de aspectos da vida social mais ampla e em que medida eles permitem observar sob outro ponto de vista o cenário da vida dos atores envolvidos em suas realizações (performático-rituais).

Programa de curso : 

1- Temas a serem abordados: teorias sobre ritual e simbolismo a partir de Durkheim.
A importância do estudo dos rituais dentro da tradição antropológica britânica. O legado de Van Gennep e sua reapropriação em Victor Turner.
A noção de drama social.
O movimento entre o “liminar” e o “liminóide” e a produção de uma antropologia da performance. 
Contextualização do gênero artístico da performance. O uso do corpo e suas partes constitutivas como lócus de atenção e como veículo de comunicação, transgressão e/ou expressão social, ritual e artística. 

2- O curso contará com aulas expositivas, debates de textos, seminários e exibição de filme. 

3- O sistema de avaliação versará sobre trabalhos escritos, acompanhamento da leitura dos textos e participação nos debates em sala de aula.

Bibliografia (organizada segundo a ordem de leitura): 

DURKHEIM, Émile. Livro III. In: As Formas Elementares da Vida Religiosa: o sistema totêmico na Austrália. São Paulo: Martins Fontes, 1996. pp. 317-423.

MAUSS, Marcel. A expressão obrigatória dos sentimentos. In: Ensaios de Sociologia. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1999.

EVANS-PRITCHARD, Edward E. A dança. In: CAVALCANTI, M. L. (org.). Ritual e Performance: 4 estudos clássicos. Rio de Janeiro: 2014. pp. 09-19.

GLUCKMAN, Max. Rituais de Rebelião no sudeste da África. Série Tradução. 03. Brasília: UnB, 2011. [online]

VAN GENNEP, Arnold. Classificação dos ritos; A passagem material. In: Os Ritos de Passagem. Petrópolis: Vozes, 2011.

DA MATTA, Roberto. Apresentação. In: VAN GENNEP, A. Os Ritos de Passagem. Petrópolis: Vozes, 2011.

TURNER, Victor. Dramas sociais e metáforas rituais. In: Dramas, Campos e Metáforas: Ação simbólica na sociedade humana. Niterói: EdUFF, 2008. Pp. 19-53.

TURNER, Victor. Liminaridade e communitas. In: O Processo Ritual: Estrutura e anti-estrutura. Petrópolis: Vozes, 1974.

PEIRANO, Mariza. 2006. Temas ou teorias? O estatuto de ritual e performance. Série Antropologia 398. Brasília: CESPE/Unb. [online]

DAWSEY, John. Turner, Benjamin e Antropologia da Performance: O lugar olhado (e ouvido) das coisas. Campos. 7(2): 17-25, 2006. [online]

PEREIRA, Edilson. Do encenado ao vivido e vice-versa. In: O Teatro da Religião: a Semana Santa em Ouro Preto vista através de seus personagens. Tese de Doutorado em Antropologia Social, MN/UFRJ, 2014.

GOLDBERG, Roselee. A Arte da Performance: do futurismo ao presente. Lisboa: Orfeu Negro, 2007. (trechos a selecionar)

QUILICI, Cassiano Sydow. Cap.1: Teatro e Ação Ritual. In: Antonin Artaud: Teatro e ritual. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2004.

UNO, Kuniichi. Variações sobre a crueldade. In: A Gênese de um Corpo Desconhecido. São Paulo: n-1 edições, 2012.

Vídeo: Anna Halprin, Dancing my cancer (1975)

WESTCOTT, James. Quando Marina Abramovic morrer: uma biografia. São Paulo: Edições Sesc, 2015. (trechos a selecionar)


Filme: Marina Abramovic - A Artista Está Presente (2012). Direção: Mathews Akers.



Disciplina: Tópicos Especiais em Antropologia I
Curso: Imagens da e sobre a família
Professor responsável: Clarice Peixoto
Horário: 4ª N1/N4 
Objetivos:
Este curso pretende discutir as questões que envolvem o estudo da vida familiar e das Relações intergeracionais, tendo como foco a sua interseção com a produção e análise de imagens. Os filmes e fotografias, e a especificidade de suas linguagens, constituem um amplo campo teórico metodológico que permitem campos fecundos de experimentação e de reflexão. A introdução das abordagens imagéticas abriu novas possibilidades de compreensão das transmissões, dinâmicas e da memória familiar. A diversidade dos suportes imagéticos, e das narrativas, na interseção família & imagens permite a criação de um importante acervo de informações sobre as relações sociais e
familiares, e estimula a reflexão sobre o uso de imagens nas pesquisas sociais em geral. Se alguns estudos, e imagens, focalizam com mais nitidez essa interseção tal como um close, outros abrem a objetiva deixando que o leitor acerte o foco no plano geral que apresentam. O curso debaterá textos e filmes que apresentam as diversas configurações familiares da sociedade contemporânea.
Programa de curso:

1. Apresentação do curso, comentários sobre a bibliografia e filmografia
2. Família(s) brasileira: relações, solidariedades e violências
3. Famílias Diversas: Família Africana, Famílias Na (China) e Paquistanesa
19/8 - Apresentação do curso, comentários sobre a bibliografia e filmografia

Família(s) brasileira: relações, solidariedades e violências
26/8 – VELHO, Gilberto. Família e parentesco no Brasil contemporâneo: individualismo e projetos no universo de camadas médias. Interseções: revista de estudos interdisciplinares 3(2): 45-51, 2001.
BOMENY, Helena. Do frango ao avião. Mímeo
Filme: A família Braz: dois tempos, de Dorrit Harazim, Arthur Fontes, 74min., 2011. 2º tempo
2/9- MOREIRA LEITE, Miriam. Fotografias de Família; Fotografia e História; O retrato de Casamento. In MOREIRA LEITE, Miriam. Retratos de Família. SP: EDUSP, 1993, pp. 71-128.
Filme: Caminhos da memória. Trajetória de Miriam M. Leite, de Francyrose Ferreira, Ana Lucia Ferraz. LISA/USP.
9/9 LINS DE BARROS, Myriam e STROZENBERG, Ilana. Álbum de Família. RJ: Comunicação Contemporânea, 1992, pp.10-50
Filme: Babás, de Consuelo Lins.
16/9 - Continuação do livro Álbum de Família, pp. 51-123.
Filme: Profissão Doméstica, de Sérgio Goldenberg.
23/9 – MATTOS LUZ, Gleice. Distância afetiva e silêncio imagético: a ausência das ‘aliadas’ nas fotografias de noras e sogras. In COPQUE, Barbara, PEIXOTO, Clarice e MATTOS LUZ, Gleice (orgs.). Famílias em Imagens. Rio de Janeiro: ed. FGV, 2013, pp.65-98.
Filme: Noras e Sogras, de Gleice Mattos Luz, 20 min, 2010.
30/9 – . GAMA, Aline. As vidas reveladas no fotojornalismo de violência. In PEIXOTO, Clarice e COPQUE, Barbara (orgs). Etnografias Visuais. Análises Contemporâneas. RJ: Garamond, 2015.
Filme: Luto como mãe, de Luiz Carlos Nascimento, 2009
7/10 – PEIXOTO, Clarice. Sobre a institucionalização da velhice e as condições de asilamento. In GOLDENBERG, Mirian (org). Corpo, Envelhecimento e Felicidade. RJ: Civilização Brasileira, 2011.
Filme: IntraMuros, de Clarice Peixoto, 36min, 2015.
14/10 - PEIXOTO, Clarice. Filme (vídeo) de família: das imagens familiares ao registro histórico. In PEIXOTO, Clarice. Antropologia & Imagem: narrativas diversas. RJ: Garamond, 2011, pp. 11- 26.
. HO KIM, Joon. A fotografia como projeto de memória. Cadernos de Antropologia e Imagem 17(2):227-247, 2003.
Filme: Bebela e a Revolução Gaúcha de 1923, de C. Peixoto, 40min, 2004.
21/10 - RODRIGUES, Mariana. Entre o registro e a narrativa: alguns desafios da antropologia visual experimentados em uma pesquisa etnográfica. (a circulação do conhecimento no Rio de Janeiro e na Paraíba). In PEIXOTO, Clarice e COPQUE, Barbara (orgs). Etnografias Visuais. Análises Contemporâneas. RJ: Garamond, 2015.
Filme: Curandeira é a vovozinha, de Mariana Rodrigues
28/10 - PROVA: toda matéria (textos e filmes)
4/11 - ALCOFORADO, Michel. Apresentação da pesquisa de doutorado: ‘Os ricos de verdade’: uma etnografia das elites cariocas.
18/11 - RAMOS, Anne Carolina. Tortos, emprestados e do coração: os avós por aliança. In COPQUE, Barbara; PEIXOTO, Clarice; MATTOS, Gleice. Famílias em Imagens. RJ: ed. FGV, 2013.
. FERRAZ, Ana Lúcia. O casamento no drama de circo e na vida de artistas circenses: uma experiência no campo do filme etnográfico. In COPQUE, Barbara; PEIXOTO, Clarice; MATTOS, Gleice. Famílias em Imagens. RJ: ed. FGV, 2013.
Filme: O palhaço o que é?, de Ana Lucia Ferraz, 30’, 2007.

Famílias Diversas:
25/11 - A Família Africana
. LATOUR, Eliane. Os tempos do poder. Cadernos de Antropologia e Imagem 3:35-51, 1996.
Filme: Contes et decomptes de la cour, de Eliane de Latour, 97min, 1992.
2/12 - A família Na (etnia chinesa)
. PEIXOTO, Clarice e BOZON, Michel. Os Na da China, uma sociedade sem casamento nem paternidade: sobre livro e filme de Cai Hua. Cadernos de Antropologia e Imagem 17(2):173-183, 2003.
Filme: Sans père ni mari, de Cai Hua, 25min, 1994.
9/12 – A família Paquistanesa
. NOVAES, Sylvia Caiuby. Um casamento no Paquistão: na captura de imagens. Cadernos de Antropologia e Imagem 3: 107-115, 1997.
Filme: Um casamento no Paquistão, de S. Caiuby
16/12 – Apresentação do trabalho final
Bibliografia complementar:
Cadernos de Antropologia e Imagem 17(2). A Família em imagens, 2003.
COPQUE, Barbara; PEIXOTO, Clarice; MATTOS, Gleice (orgs). Famílias em Imagens. RJ: ed. FGV, 2013.
LINS DE BARROS, Myriam e STROZENBERG, Ilana. Álbum de Família. RJ: Comunicação Contemporânea, 1992.
LINS DE BARROS, Myriam (org.). Família e Gerações. RJ: ed. FGV, 2006.
MOREIRA LEITE, Miriam. Retratos de Família. SP: EDUSP, 1993.
PEIXOTO, Clarice. (org.). Antropologia & Imagem: narrativas diversas (vol 1). RJ: Garamond, 2011.
PEIXOTO, Clarice. (org.). Antropologia & Imagem: os bastidores do filme etnográfico (vol 2). RJ: Garamond, 2011
PEIXOTO, Clarice. Envelhecimento e Imagem. As fronteiras entre Paris e Rio de Janeiro. SP: Annablume, 2000.
PEIXOTO, Clarice (org.). Família e Envelhecimento. RJ: ed. FGV, 2004. E-book 2012.
PEIXOTO, Clarice; SINGLY, François; CHICCHELLI, Vincenzo (orgs). Família e
Individualização. RJ: ed. FGV, 2000. E-book.
SINGLY, François de. Sociologia da Família Contemporânea. Ed. FGV, 2007.


Disciplina: Tópicos Especiais em Antropologia XIII – Antropologia das políticas de memória
Professora responsável: Roberta Guimarães
Horário: 2ª feira M3/M6 Créditos 4 - 60 horas-aula
Objetivos:
Este curso pretende refletir sobre o processo de produção de memórias coletivas e individuais a partir da leitura de teóricos das ciências humanas e sociais. Serão lidos e debatidos em sala de aula textos que abordem a preservação, musealização, monumentalização e ritualização de eventos, lugares e experiências, bem como as narrativas que organizam ou se contrapõem a tais iniciativas.
O objetivo é oferecer instrumentais conceituais para que o aluno analise narrativas conflituosas de passado e reflita sobre os difíceis diálogos entre identidades, subjetividades e políticas de memória.

Programa de curso:
1. Memória e esquecimento;
2. Políticas de memória;
3. Memória, experiência e subjetividade;
4. Memórias e lugares;
5. Memórias e conflitos

Bibliografia:
ARRUTI, José Maurício. 2006. “O território e a reescrita da história”. Mocambo: antropologia e história do processo de formação quilombola. Bauru: Edusp/Anpocs. pp. 223-247.
CASTRO, João Paulo Macedo. 2014. “Ritos da memória: trajetórias e experiências sobre a ditadura militar”. Mana [online], vol.20, n.1, pp. 7-38. http://www.scielo.br/pdf/mana/v20n1/a01v20n1.pdf
COLLINS, John. 2008. “A razão barroca do patrimônio baiano: contos de tesouro e histórias de ossadas no Centro Histórico de Salvador”. Revista de Antropologia, v. 51 no 1.
http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27300
FERREIRA, Maria Letícia Mazzuchi. 2009. “Patrimônio Industrial: lugares de trabalho, lugares de memória”. Museologia e Patrimônio, vol. II no 1 - jan/jun.
http://revistamuseologiaepatrimonio.mast.br/index.php/ppgpmus
GONÇALVES, José Reginaldo. 2007. “Autenticidade, memória e ideologias nacionais o problema dos patrimônios culturais”. Antropologia dos objetos, coleções e museus. Rio de Janeiro: Garamond. pp. 117-139.
HALBWACHS, Maurice. 2006. “Cap.1 - Memória individual e memoria coletiva”; “Cap. 2 – Memória coletiva e memória histórica”. A memória coletiva. São Paulo: Centauro. pp. 29-70; 71-112.
HARTOG, François. 2013. “Memória, história, presente”. Regimes de historicidade: presentismo e experiência do tempo. Belo Horizonte: Autêntica. pp. 133-192.
HUYSSEN, Andreas. 2014. “Usos tradicionais sobre o Holocausto e o colonialismo”. Culturas do passado-presente; modernismos, artes visuais, políticas da memória. Rio de Janeiro: Contraponto. pp. 177-194.
NORA, Pierre. 1993. “Entre memória e história: a problemática dos lugares”. Projeto História, São Paulo (10), dez. http://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/viewFile/12101/8763
POLLAK, Michael, 1989. "Memória, esquecimento e silêncio", Estudos Históricos, no 3, /1.
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2278/1417
POLLAK, Michael. 1992. "Memória e identidade social", Estudos Históricos, no 10, /1.
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/1941/1080
PORTELLI, Alessandro. 2006. “O massacre de Civitella Val di Chiana (Toscana: 29 de junho de 1944): mito, política e senso comum”. Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: FGV. pp.103-130.
PRICE, Richard. 1999. “Reinventado a história dos quilombos: rasuras e confabulações”. Afro-Ásia, (23). http://www.redalyc.org/pdf/770/77002308.pdf
SANCI, Roger. 2013. “A vida oculta das pedras: historicidade e materialidade dos objetos no candomblé”. A Alma das Coisas: patrimônios, materialidade e ressonância. Rio de Janeiro: Mauad X. pp. 105-122.
SARLO, Beatriz. 2005. “Capítulo 1. Tempo passado”. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo. pp. 9-22.


Disciplina: Tópicos Especiais em Antropologia VI
Curso: Gênero, Violência e Poder
Professor responsável: Paula Lacerda e Juliana Farias (PNPD/PPCIS)
Horário: Quarta M5/M6 e Sexta M3/M4
Objetivos:
Esta disciplina tem como objetivo discutir gênero em uma dimensão que lhe é constitutiva: a relação entre violência e poder. Partiremos, assim, da perspectiva da violência não como agressões de natureza tipificada (seja em códigos e normativas do direito, ou no campo da saúde, por exemplo), mas pensamos em violência como um amplo conjunto de opressões que são percebidas pelos sujeitos afetados como tais.
Destinamos, portanto, importância capital aos discursos e às percepções sobre a violência em primeira pessoa, ainda que não descolados de contextos e instituições de indexação oficial (isto é, delegacias, espaços do judiciário, hospitais etc.). Tomando como ponto de partida que o gênero não existe fora dos corpos e das performances que desempenham, buscaremos iluminar o gênero como um dos componentes centrais nos estudos da violência, o que significa produzir, também, uma narrativa sobre o poder. Neste sentido, algumas das questões norteadoras do curso, são: Como o poder se inscreve sobre o gênero? Como podemos pensar sobre os múltiplos sentidos da noção de violência? Experiências de violência podem ser constitutivas do gênero?

Observação: A disciplina será oferecida na modalidade prático-teórica, o que quer dizer que serão realizadas atividades em horários e ambientes que não o estritamente universitário. É imprescindível disponibilidade para tais participações.

Programa de curso :
1.  Conceituações sobre gênero em sua relação com os estudos sobre violência e poder.

2. A problematização da violência enquanto categoria política associada a coletividades.

3. A violência em registros policiais, midiáticos e judiciários.

4. Violência, gênero e Direitos Humanos.

Plano de curso com bibliografia:

Unidade I – A relação de gênero e poder a partir de territórios “afastados”, “pacificados” ou “de fronteira”

Moore, H. Fantasias de poder e fantasias de gênero: gênero, raça e violência. Cadernos Pagu (14), 2000. Pp. 13-44.
Disponível aqui: http://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/8635341/3140

Segato, R. Território, soberania e crimes de segundo Estado: a escritura nos corpos das mulheres de Ciudad Juárez.
Revista Estudos Feministas, 13 (2), maio-agosto, 2005. Disponível via: http://www.scielo.br/pdf/ref/v13n2/26882.pdf

Lacerda, P. Corpos, redes de mobilização e território. [texto será disponibilizado por email]

Farias, J. “Violência, Gênero e Favelas: um estudo sobre formas de governar territórios e corpos" [texto será disponibilizado por email]

09 e 11/09: Atividade de avaliação - Discussão de aspectos teóricos-metodológicos empregados nas pesquisas.

Unidade II – A polissemia da “violência” e seu encontro com coletividades

Carrara, S. Pesquisa Política, Direitos, Violência e Homossexualidade. [Selecionar]

Carrara, S.; Ramos, S. A constituição da problemática da violência contra homossexuais: a articulação entre ativismo e academia na elaboração de políticas públicas. Physis, vol. 16, n. 2, 2006. Disponível aqui: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-73312006000200004&script=sci_arttext

Mason, G. The Spetacle of Violence: homofobia, gender and knowledge. London: Routledge, 2006. [cap. 6: Violence: an instrument of power] obs: Texto em inglês, a ser incluído no curso a depender das possibilidades e concordância dos/as estudantes.

Sedgwick, E. Epistemologia do Armário. Pagu (28), janeiro-junho 2007. Pp. 19-54. Disponível via: http://www.scielo.br/pdf/cpa/n28/03.pdf

07 e 09/10: Atividade de avaliação – Discussão de temas para observação em campo

Atividade externa: Pesquisa na Parada do Orgulho LGBT Rio de Janeiro

Unidade III – Quando as experiências de violência são relatadas e sobre como são ouvidas

Corrêa, M. Morte em Família: representações jurídicas de papéis sexuais. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983. [capítulo a selecionar]

Nadai, L. Descrever crimes, decifrar convenções narrativas: uma etnografia entre documentos oficiais da Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas em caso de estupro e atentado violento ao pudor. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. IFCH/UNICAMP. [capítulo 3: Pedaços de carne: os laudos de corpo de delito e a materialidade do crime].

Carrara, S.; Vianna, A. “Tá lá o corpo estendido no chão...: a violência letal contra travestis no município do Rio de Janeiro. Physis, 16 (2), 2006. Disponível via: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-73312006000200004&script=sci_arttext

Das, V. O ato de testemunhar: violência, gênero e subjetividade. Cadernos Pagu, n. 37, Julho-Dezembro de 2011. Pp. 9-41. Disponível via: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332011000200002&lng=en&nrm=iso

04 e 06/11: Atividade de avaliação – Análise sobre materiais como processos judiciais, registros de ocorrência etc.

Unidade IV – Rituais da violência e a conexão com os Direitos Humanos

Gregori, M. F. Cenas e Queixas: mulheres e relações violentas. Novos Estudos CEBRAP, n. 23, março de 1989. Pp. 163-175. Disponível aqui: http://novosestudos.uol.com.br/v1/files/uploads/contents/57/20080623_cenas_e_queixas.pdf

Peres, A. C. S. Campos de estupro: as mulheres e a guerra na Bósnia. Cadernos Pagu (37), julho-dezembro de 2011. Pp. 117-162. Disponível via:  http://www.scielo.br/pdf/cpa/n37/a05n37.pdf

Wacquant, L. Putas, escravos e garanhões: linguagens de exploração e de acomodação entre boxeadores profissionais. Mana, vol. 6, n.2, Rio de Janeiro, 2000. Pp. 127-146. Disponível aqui: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132000000200005

Diniz, D. Antropologia e os Limites dos Direitos Humanos: o dilema moral de Tashi. In.: Antropologia e Direitos Humanos. Niterói: Eduff, 2001. Pp. 17-46. Disponível aqui: http://www.abant.org.br/conteudo/livros/DIREITOS%20HUMANOS%201[1].pdf

02 e 04/12: Atividade de avaliação final (a ser proposta pelos/as estudantes)

Atividade Externa: Ato público pelo Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher Latino-Americana e Caribenha


Disciplina: Tópicos Especiais em Antropologia VIII
Tema: Instrumentos do Trabalho Acadêmico
Professor responsável: Rosane M. Prado
Horário: 4ª M5/M6 E 6ª M3/M4
Objetivos:
Esta é uma disciplina com caráter de oficina e voltada para a redação de trabalhos acadêmicos. Serão abordados aspectos que são condição para a preparação desses trabalhos, tanto do ponto de vista da formulação do conteúdo (elaboração e estruturação), como – e sobretudo – do ponto de vista do formato: importância da redação (regência verbal, concordância, pontuação, uso de palavras adequadas); regras da ABNT; estrutura do texto; citações; referências bibliográficas; notas de rodapé/final de texto; uso de aspas, itálico; etc. Serão tratadas a elaboração e a utilização de fichamentos, resumos e resenhas de textos. Pretende-se que o curso tenha um caráter prático, sendo desenvolvido através do uso de exemplos correntes e de exercícios realizados pelos alunos – em relação aos quais será feita uma avaliação contínua ao longo do semestre.

Programa de curso:
1. TEXTOS ACADÊMICOS
Tipos de textos: trabalho de curso (paper), trabalho de conclusão de curso (monografia),
dissertação, tese, paper para congressos, artigo para publicação.
Elaboração, convenções e padrões.

2. ELABORAÇÃO DOS TEXTOS
Formulação do conteúdo.
Importância da redação: regência verbal, concordância, pontuação, uso de palavras adequadas.
Sequência e sentido do conteúdo. E a teoria?
- ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 2010.

3. ESTRUTURAÇÃO DOS TEXTOS
Pré-texto, texto, pós-texto.
Sumário
Títulos e subtítulos
Anexos

4. CITAÇÕES / ASPAS PRA QUE TE QUERO
Regra de ouro da academia e das ciências sociais, referente a conceitos e falas de outros.
Concepções e categorias de outros autores.
Concepções e categorias “nativas”, depoimentos.
Outras

5. NOTAS E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ao longo do texto.
Ao final do texto.

6. FICHAMENTO, RESUMO, RESENHA

Bibliografia:
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Normas:
- NBR 14724 - Contém os princípios para a elaboração de teses, dissertações, trabalhos de
conclusão de cursos (elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais)
- NBR 6022 - Informações para artigos em publicação periódica científica impressa.
- NBR 15287 - Informação e documentação à respeito de Projeto de pesquisa.
- NBR 6023 - Critérios e ordem em relação às referências, e convenções a respeito da transcrição e
informações a serem retiradas de documentos ou de outras fontes de informação, como Anais de
eventos, periódicos, jornais, monografias, site da internet, etc.
- NBR 10520 - Informações sobre as citações em documentos.
- NBR 6028 - Contém os requisitos para apresentação de resumos e redações.
- NBR 6027 - Estabelece os itens para apresentação de sumário. - NBR 6024 – Informações sobre
o sistema de numeração progressiva (títulos, subtítulos, etc.).
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 2010.


SOCIOLOGIA

Disciplina: Tópicos Especiais em Sociologia II – Discutindo a cidade a partir da contribuição dos Estudos Urbanos
Professora responsável: Lia Rocha
Assistentes: Frank Davies e Pedro Zaida
Horário: 3ª M5/M6 e 5ª M3/M4

Objetivo:
Desde quando despontou na história moderna como um dos principais fenômenos decorrentes da Revolução Industrial, a cidade tem ocupado espaço especial nas preocupações e investigações das Ciências Sociais. Seja como lócus da pobreza, marginalidade e conflitos, seja como objeto em si mesma de questões e problemas de pesquisa sociológicas, a cidade é criador e criatura da Sociologia e da Antropologia Urbanas. Segundo esses pressupostos, as cidades condensam e cristalizam os principais conflitos e contradições da sociedade moderna, e em seu tecido estão inscritas as dinâmicas do capitalismo contemporâneo, suas crises e suas saídas, bem como as tentativas de subversão e transformação social. Assim, o objetivo do curso é apresentar as principais discussões dos estudos urbanos, clássicos e contemporâneos, de forma a iniciar um debate com as questões que mobilizam aqueles interessados em compreender as dinâmicas de ocupação, produção de conflitos e sociabilidades em curso na cidade do Rio de Janeiro. Para tanto, o programa irá cobrir alguns textos clássicos para em seguida focar na especificidade do contexto contemporâneo.

Programa de curso:
UNIDADE I – O surgimento da cidade, de seus problemas e de seus pesquisadores
UNIDADE II – A Escola de Chicago e A Cidade: surgimento da sociologia urbana
UNIDADE III – Pensando a cidade na contemporaneidade
UNIDADE IV – O contexto brasileiro urbano na atualidade

Bibliografia:
HOBSBAWN, Eric J. “A Cidade, a Indústria e a Classe Trabalhadora”. In: HOBSBAWN, Eric J. A Era do Capital (1848-1875). Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 2ª edição, 1979, pp. 221-240
WEBER, Max. “Conceito e Categorias de Cidade”. In: VELHO, Otávio Guilherme. O Fenômeno Urbano. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2ª edição, 1973, pp. 68-89
SIMMEL, Georg. As Grandes Cidades e a Vida do Espírito. MANA 11 (2), 2005, pp. 577-591
PARK, Robert Ezra. A Cidade: Sugestões para a Investigação do Comportamento Humano no Meio Urbano. In: VELHO, Otávio Guilherme (org.) O Fenômeno Urbano. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.
WIRTH, Louis. O Urbanismo como Modo de Vida. In: VELHO, Otávio Guilherme (org.) O Fenômeno Urbano. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.
KOWARICK, Lúcio. A espoliação urbana. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1979
LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Ed. Centauro, 2001
HARVEY, David. Cidades Rebeldes. São Paulo, Martins Fontes – selo Martins – 2014
CALDEIRA, Teresa Pires. "Enclaves fortificados: a nova segregação urbana”. Novos  EstudosCebrap, n. 47, 1997.
FELTRAN, Gabriel. (2010). "Periferias, direito e diferença: notas de uma etnografia  urbana”.Revista de Antropologia, vol. 53, n. 2, 2010
VAINER, Carlos. "Cidade de exceção: reflexões a partir do Rio de Janeiro”. Paper apresentado no XIV ENCONTRO NACIONAL DA ANPUR, 2011


Top. Esp. em Teoria Soc.XXVI 

Disciplina: A Criação de Imagens da Revolta e da Utopia no cinema brasileiro
Professor responsável: Dario de Sousa e Silva Filho 
Observação: A disciplina será oferecida em parceria com o professor José Augusto Rodrigues

Objetivos:
Este curso visa recuperar o modo como os intelectuais públicos vinculados à produção cinematográfica brasileira lançaram mão de terminados lugares retóricos, percebidos como imagens sintéticas do país, para pensar a questão nacional. Tendo como ponto de partida para a reconstrução do pensamento produzido por essa "inteligência" e as imagens síntese por ela postas em circulação, pretendemos utilizar como material de trabalho justamente filmes que projetaram horizontes de possibilidades para a descrição e redescrições da questão social no país.

Proposta de filmes para análise ao longo do curso e respectivos tópicos de discussão:
Em “Deus e o Diabo na Terra do Sol”: A proposta de leitura dos Brasis pelos intelectuais do cinema

Em “Como Era Gostoso o meu Francês” e “Macunaíma”: Antropofagia no Brasil idílico, imagens do outro e do eu.

Em “Bye Bye Brasil” e “Central do Brasil”: A reconstrução de um cenário nacional utópico, o Brasil profundo

Em “Orfeu Negro”: A problemática do negro e da favela no cenário mítico

Em “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite”: A distopia, a revolta e a quebra

Programa de curso: 

1 O que estudam os estudos de cultura visual? 

2 Imagens da catástrofe e horizontes da utopia:  utopias e distopias no cinema brasileiro

3 descrições e redescrições dos lugares (Topoi) da questão social pelos intelectuais do cinema brasileiro.

Bibliografia:
Charney, Leo e Schwartz (org). O Cinema e a invenção da Vida Moderna. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
Nagib, Lucia. A Utopia no Cinema Brasileiro: São Paulo Cosac & Naify: 2006.
Sérvio, Pablo.  O que Estudam os Estudos de Cultura Visual.  Revista Digital do LAV - Santa Maria - vol. 7, n.2, p. 196-215 - mai./ago.2014.  Agosto de 2015.

Xavier, Ismail. Cinema Brasileiro Moderno. São Paulo: Editora Paz e Terra. 2006. e Zahar Ed., 1987.

OBS: será fornecida bibliografia e filmografia após discussão com a turma sobre as várias possibilidades de estudo que
a proposta de trabalho comporta.



Disciplina: Tópicos Especiais em Sociologia XXIII
Curso: Leitura da Sociologia a partir de Indicadores Sociais: Conceitos, Fontes de Dados e Limitações
Professor responsável: Maira Covre-Sussai
Horário: 5ª T2/T5
Objetivos:
O intuito deste curso é discutir o significado e o uso de indicadores sociais, apresentar fontes de dados disponíveis para a operacionalização de conceitos sociais, apresentar a formulação de indicadores sociais em diferentes áreas temáticas, e esclarecer quais os limites na utilização destes indicadores na avaliação das condições de vida da população. Tanto as fontes de dados que podem ser utilizadas na elaboração de indicadores sociais, como os seus significados e usos específicos serão apresentados de acordo com as áreas temáticas que eles se referem, tais como indicadores de gênero, de saúde, de educação, de mercado de trabalho, de renda, de pobreza, de habitação, de infraestrutura urbana, de criminalidade, de meio ambiente, de desenvolvimento humano, além de indicadores subjetivos de qualidade de vida e de opinião pública.
Nesse sentido, o objetivo desta disciplina é familiarizar os alunos com os diversos sistemas de informação para a obtenção de indicadores sociais segundo diferentes temas de interesse sociológico.

Programa de curso :
O curso será estruturado da seguinte maneira:
1 – O que são indicadores e por que utilizá-los em seu trabalho
2 – Como estabelecer indicadores relevantes
3 – Tipos de fontes e dados
4 – Plano para definição de indicadores
5 – Desmistificando o Cálculo dos Indicadores
5.1 – Fórmulas e operações: número, média
5.2 – Fórmulas e operações: razão, proporção, taxa
5.3 – Fórmulas e operações: incidência, prevalência
5.4 – Formas de expressar resultados

TEMÁTICAS SOCIAIS
6 – Sistema de Indicadores
6.1 – Construindo indicadores de saúde
6.2 – Construindo de indicadores de segurança pública, criminalidade e justiça
6.3 – Construindo indicadores educacionais
6.4 – Construindo indicadores de gênero
6.5 – Construindo indicadores de cor/raça
6.6 – Construindo indicadores de participação política
6.7 – Construindo indicadores de mercado de trabalho, renda e pobreza
6.8 – Construindo indicadores de desigualdade e desenvolvimento humanos

Bibliografia:
BARROS, R. P., HENRIQUES R., MENDONÇA, R. "Desigualdade e pobreza no Brasil: retrato de uma estabilidade inaceitável."Revista Brasileira de Ciências Sociais 15.42 (2000).
BEZERRA, J. G. F.; KERR, L. R. S. P. e BARRETO, M. L. Mortalidade infantil e contexto socioeconômico no Ceará, Brasil, no período de 1991 a 2001. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, vol.7, n.2, 2007.
DRACHLER; M. L.; CÔRTES, S. M.; CASTRO, J. D. e LEITE, J. Proposta de metodologia para selecionar indicadores de desigualdade em saúde visando definir prioridades de políticas públicas no Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, vol.8, n.2, 2003.
DURANTE, M. e BORGES, D. Avaliação de desempenho em Segurança Pública. Revista Segurança, Justiça e Cidadania / Ministério da Justiça, Ano 03, n.5, 2011.
FERNANDES, R. Índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB). MEC--Ministério da Educação, INEP--Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2007.
GADREY, J. e FLORENCE, J. C. Os novos indicadores de riqueza. São Paulo: Editora
SENAC, 2006.
GUIMARÃES, J.R.S e JANNUZZI, P.M. IDH, Indicadores sintéticos e suas aplicações em políticas públicas: uma análise crítica. Anais do 14º Encontro Nacional de Estudos
Populacionais, Caxambu, 2004.
HAUSMANN, R., L.D. TYSON, e S. ZAHIDI. "The global gender gap index 2012." The Global Gender Gap Report (2012): 3-27.
HERINGER, R. Desigualdades raciais no Brasil: síntese de indicadores e desafios no campo das políticas públicas. Cadernos de Saúde Pública,vol.18, 2002.
HOFFMANN, R. Distribuição de renda: medidas de desigualdade e pobreza. São Paulo: Edusp, 1998. IBGE. Para Compreender a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Rio de Janeiro: IBGE, 1991.
JANNUZZI, P.M. Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações. Campinas: Editora Alínea, 2001.
JANNUZZI, P. Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores sociais na
formulação e avaliação de políticas públicas municipais. Revista de Administração
Pública, v. 36, n. 1, p. 51-72, 2002.
LOPES, D.M.. "Para pensar a confiança e a cultura política na América Latina." Opinião pública 10.1 (2004): 162-187.
MARTINE, G. , CARVALHO, J.A.M. & ÁRIAS, A.R. Mudanças recentes no padrão
demográfico brasileiro e implicações para a agenda social. Brasília, IPEA, 1994, p.23-28 e 35-41 (Texto para Discussão n. 345)
MOISÉS, J. A., e CARNEIRO, G.P.. "Democracia, desconfiança política e insatisfação com o regime: o caso do Brasil."Opinião Pública 14.1 (2008): 1-42.
PERMANYER, I. "Are UNDP indices appropriate to capture gender inequalities in
Europe?." Social Indicators Research 110.3 (2013): 927-950.
ROCHA, S. Pobreza: do que se trata afinal. Rio de Janeiro: FGV, 2003, p.5-30.
SANTOS, E.T., et al. "Políticas de saúde materna no Brasil: os nexos com indicadores de saúde materno-infantil." Saúde Soc 17.2 (2008): 107-119.
UNFPA Methodological Guidelines for the Gender Analysis of National Population and
Housing Census Data - See more at: http://www.unfpa.org/es/node/9048#sthash.A7eba19y.dpuf (2002)

Disciplina: Tópicos Especiais em Sociologia XXVII
Curso: Leitura da Sociologia a partir de Indicadores Sociais: Conceitos, Fontes de Dados e Limitações
Professor responsável: Doriam Borges
Horário: 3ª N3/N4 E 5ª N1/N2
Objetivos:
O intuito deste curso é discutir o significado e o uso de indicadores sociais, apresentar fontes de dados disponíveis para a operacionalização de conceitos sociais, apresentar a formulação de indicadores sociais em diferentes áreas temáticas, e esclarecer quais os limites na utilização destes indicadores na avaliação das condições de vida da população. Tanto as fontes de dados que podem ser utilizadas na elaboração de indicadores sociais, como os seus significados e usos específicos serão apresentados de acordo com as áreas temáticas que eles se referem, tais como indicadores de gênero, de saúde, de educação, de mercado de trabalho, de renda, de pobreza, de habitação, de infraestrutura urbana, de criminalidade, de meio ambiente, de desenvolvimento humano, além de indicadores subjetivos de qualidade de vida e de opinião pública.
Nesse sentido, o objetivo desta disciplina é familiarizar os alunos com os diversos sistemas de informação para a obtenção de indicadores sociais segundo diferentes temas de interesse sociológico.

Programa de curso :
O curso será estruturado da seguinte maneira:
1 – O que são indicadores e por que utilizá-los em seu trabalho
2 – Como estabelecer indicadores relevantes
3 – Tipos de fontes e dados
4 – Plano para definição de indicadores
5 – Desmistificando o Cálculo dos Indicadores
5.1 – Fórmulas e operações: número, média
5.2 – Fórmulas e operações: razão, proporção, taxa
5.3 – Fórmulas e operações: incidência, prevalência
5.4 – Formas de expressar resultados

TEMÁTICAS SOCIAIS
6 – Sistema de Indicadores
6.1 – Construindo indicadores de saúde
6.2 – Construindo de indicadores de segurança pública, criminalidade e justiça
6.3 – Construindo indicadores educacionais
6.4 – Construindo indicadores de gênero
6.5 – Construindo indicadores de cor/raça
6.6 – Construindo indicadores de participação política
6.7 – Construindo indicadores de mercado de trabalho, renda e pobreza
6.8 – Construindo indicadores de desigualdade e desenvolvimento humanos

Bibliografia:
BARROS, R. P., HENRIQUES R., MENDONÇA, R. "Desigualdade e pobreza no Brasil: retrato de uma estabilidade inaceitável."Revista Brasileira de Ciências Sociais 15.42 (2000).
BEZERRA, J. G. F.; KERR, L. R. S. P. e BARRETO, M. L. Mortalidade infantil e contexto socioeconômico no Ceará, Brasil, no período de 1991 a 2001. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, vol.7, n.2, 2007.
DRACHLER; M. L.; CÔRTES, S. M.; CASTRO, J. D. e LEITE, J. Proposta de metodologia para selecionar indicadores de desigualdade em saúde visando definir prioridades de políticas públicas no Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, vol.8, n.2, 2003.
DURANTE, M. e BORGES, D. Avaliação de desempenho em Segurança Pública. Revista Segurança, Justiça e Cidadania / Ministério da Justiça, Ano 03, n.5, 2011.
FERNANDES, R. Índice de desenvolvimento da educação básica (IDEB). MEC--Ministério da Educação, INEP--Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2007.
GADREY, J. e FLORENCE, J. C. Os novos indicadores de riqueza. São Paulo: Editora
SENAC, 2006.
GUIMARÃES, J.R.S e JANNUZZI, P.M. IDH, Indicadores sintéticos e suas aplicações em políticas públicas: uma análise crítica. Anais do 14º Encontro Nacional de Estudos
Populacionais, Caxambu, 2004.
HAUSMANN, R., L.D. TYSON, e S. ZAHIDI. "The global gender gap index 2012." The Global Gender Gap Report (2012): 3-27.
HERINGER, R. Desigualdades raciais no Brasil: síntese de indicadores e desafios no campo das políticas públicas. Cadernos de Saúde Pública,vol.18, 2002.
HOFFMANN, R. Distribuição de renda: medidas de desigualdade e pobreza. São Paulo: Edusp, 1998. IBGE. Para Compreender a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Rio de Janeiro: IBGE, 1991.
JANNUZZI, P.M. Indicadores Sociais no Brasil: conceitos, fontes de dados e aplicações. Campinas: Editora Alínea, 2001.
JANNUZZI, P. Considerações sobre o uso, mau uso e abuso dos indicadores sociais na
formulação e avaliação de políticas públicas municipais. Revista de Administração
Pública, v. 36, n. 1, p. 51-72, 2002.
LOPES, D.M.. "Para pensar a confiança e a cultura política na América Latina." Opinião pública 10.1 (2004): 162-187.
MARTINE, G. , CARVALHO, J.A.M. & ÁRIAS, A.R. Mudanças recentes no padrão
demográfico brasileiro e implicações para a agenda social. Brasília, IPEA, 1994, p.23-28 e 35-41 (Texto para Discussão n. 345)
MOISÉS, J. A., e CARNEIRO, G.P.. "Democracia, desconfiança política e insatisfação com o regime: o caso do Brasil."Opinião Pública 14.1 (2008): 1-42.
PERMANYER, I. "Are UNDP indices appropriate to capture gender inequalities in
Europe?." Social Indicators Research 110.3 (2013): 927-950.
ROCHA, S. Pobreza: do que se trata afinal. Rio de Janeiro: FGV, 2003, p.5-30.
SANTOS, E.T., et al. "Políticas de saúde materna no Brasil: os nexos com indicadores de saúde materno-infantil." Saúde Soc 17.2 (2008): 107-119.
UNFPA Methodological Guidelines for the Gender Analysis of National Population and
Housing Census Data - See more at: http://www.unfpa.org/es/node/9048#sthash.A7eba19y.dpuf (2002)

Disciplina: Tóp. Esp. Em Sociologia XXVIII
A Escola de Frankfurt : Habermas, Honneth & Beck
Professor responsável: Carlos Eduardo Rebello de Mendonça
Assistentes: Julian Brito
Horário da aula: 3ª N5/N6 E 5ª N5/N6
Objetivos (apresentação) da matéria:
Analisar a evolução do pensamento tardio da Escola de Frankfurt sobre o Projeto da Modernidade, sua validade presente e suas transformações.
Programa de curso :
1 Habermas
2.Honneth & Beck

Referencia Bibliográficas:
J. Habermas, O Discurso Filosófico da Modernidade, Mudança Estrutural da Esfera Pública, A Crise de Legitimação do Capitalismo Tardio, Teoria da Ação Comunicativa, a Constituição da Europa, Entre Fatos e Normas (Esp.)
E. Honneth, Luta por Reconhecimento
U. Beck, Sociedade de Risco- Rumo a uma Nova Modernidade.

Disciplina: Tópicos Especiais em Sociologia VII
Curso: Teoria Social e Educação
Professor responsável: Raquel B. Emerique
Horário: 2ª M3/M6 
Objetivos:
O curso propõe o exame dos fundamentos da Sociologia como campo de estudos da realidade educacional, dando subsídios à análise da relação entre educação e sociedade, bem como de temas e questões específicos do quadro educacional brasileiro.

Programa de curso:
O curso prevê o tratamento que a teoria sociológica conferiu à educação, em pelo menos três matrizes – a contribuição clássica de Emile Durkheim, a pontuação de Talcott Parsons com impacto direto sobre questões de mobilidade e desigualdade provocadas pela educação e o lugar que a educação teve na teorização construída por Pierre Bourdieu. Com essas três vertentes da teoria, pretendemos cobrir a tradição francesa e a norte-americana com as quais a Sociologia da Educação brasileira dialoga com mais frequência. A segunda parte do curso está organizada de forma que os estudantes possam cotejar os marcos teóricos visitados na primeira parte com as
pesquisas desenvolvidas pelos especialistas do campo no Brasil inspiradas e/ou conduzidas a partir de tais contribuições dos fundadores do campo teórico da Sociologia.

Parte 1: O desenvolvimento da Sociologia da Educação na França e Estados Unidos
Parte 2: Discussões contemporâneas da Sociologia da Educação no Brasil

Bibliografia:
BOMENY, Helena. “Quando os números confirmam impressões”. Interseções (UERJ), v.27, 2001, pp. 237-301
BOURDIEU, Pierre. Escritos de Educação. Petrópolis, Vozes, 1998, p. 217-227.
BRANDÃO, Zaia e LELLIS, Isabel. “Elites acadêmicas e escolarização dos filhos”. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 24, n. 83, p. 509-526, agosto 2003 509.
DURKHEIM, E. Educação e Sociologia. [1922] Lisboa, Ed. 70, 2009, pp. 13-70.
FRANCO, Creso; ALVES, Fátima; BONAMINO, Alicia. “Qualidade do ensino fundamental: políticas, suas possibilidades, seus limites”. Educação e Sociedade, Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p.989-1014, out. 2007
João Sebastião. (Org.). Violência na Escola. Tendências, contextos, olhares. 1 ed. Golegã: Editorial Cosmos, 2010, v. 01, p. 273-322.
MAFRA; TURA (orgs). Sociologia para Educadores II. Rio de Janeiro, Quartet, 2005, p.15-53 NOGUEIRA, Maria Alice. “A sociologia da educação de Pierre Bourdieu”. In: NOGUEIRA E NOGUEIRA. Bourdieu e a Educação. (segunda edição) Belo Horizonte, Autêntica, 2006, p. 57-101.
NOGUEIRA, Maria Alice & CATANI, Afrânio (orgs.). Pierre Bourdieu: escritos de educação. Petrópolis: Vozes, 2004.
PAIXÃO, L. ; ZAGO, N. Sociologia da Educação: pesquisa e realidade brasileira. Petrópolis: Vozes, 2007, p.110-127.
SOARES e NIGEL. Pesquisa em eficácia escolar: origem e trajetórias. Belo Horizonte: UFMG, p.15-49.
YOUNG, Michael. “Para que servem as escolas? Educação e Sociedade, Campinas, vol. 28, n.101, p.1282-1302, set./out. 2007


Disciplina: Tópicos Especiais em Sociologia XVII
Curso: Intelectuais e institucionalização das Ciências Sociais no Brasil
Professor responsável: Helena Bomeny
Horário: 3ª T2/T5
Objetivos:
O curso tem como objetivo trabalhar com os estudantes a bibliografia referente a trajetórias intelectuais em sua relação com campo profissional e com a institucionalização das Ciências Sociais no Brasil. Atenção especial será dada à dimensão geracional na constituição do que seriam modelos possíveis de formação e atuação dos Cientistas Sociais.

Programa de curso:
O curso prevê uma parte onde os estudantes tomarão contato com a literatura sobre intelectuais em suas várias dimensões e aportes teóricos. Uma segunda parte implicará a leitura de entrevistas, memoriais e depoimentos de intelectuais brasileiros com a preocupação de acompanhar o movimento descontínuo e assimétrico da institucionalização das Ciências Sociais no Brasil.

Bibliografia:
· Antonio Gramsci. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, quarta edição. [tradução de Carlos Nelson Coutinho], 1982.
· Luiz Otávio Ferreira e Nara Britto. “Os intelectuais no mundo e o mundo dos intelectuais: uma leitura comparada de Pierre Bourdieu e Karl Mannheim”. In: PORTOCARRERO, V. (Org). Filosofia, história e sociologia das ciências I: abordagens contemporâneas [online]. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 1994, cap. 5.
· Gildo Marçal Brandão, “Ideias e intelectuais: modos de usar”. Lua Nova. São Paulo, n.54, 2001. (6pp)
· Marcelo Ridenti, “Intelectuais e romantismo revolucionário”. São Paulo em Perspectiva, 15(2), 2001, PP.13-19
· Milton Lahuerta, “Intelectuais e resistência democrática: vida acadêmica, marxismo e política no Brasil”. Cad. AEL, v.8, n.14/15, 2001, PP. 57-92
· Marcelo Ridenti, “Brasil, anos 60: povo, nação, revolução”. In: Marcelo Ridenti, Em busca do povo brasileiro. Artistas da revolução, do CPC à era da TV. Rio de Janeiro, Record, 2000, PP. 19-60
· Marcelo Ridenti, “A grande família comunista nos movimentos culturais dos anos 60”. In: Marcelo Ridenti, Em busca do povo brasileiro. Artistas da revolução, do CPC à era da TV. Rio de Janeiro, Record, 2000, PP. 61-140


Disciplina: Tópicos Especiais em Sociologia I
Tema: (Categorizações étnico- raciais e de gênero, desigualdade e Democracia
Negritude, Reconhecimento e Democracia II)
Professor responsável: Tereza Ventura.
Horário da aula: Terças e Quintas Feiras- M1/ M2
Avaliação: Participação, resumos, seminários e trabalho de pesquisa.
Pretende-se discutir:
. As dimensões de raça e cor na estrutura da desigualdade social no Brasil.
.Desigualdades Horizontais e regimes diferenciados da desigualdade
.As abordagens da literatura sociológica brasileira, do pós-colonialismo e também de
Fraser, Honneth e Iris Young na compreensão de como se estabeleceu no Brasil uma
hierarquia de status e de que forma os mecanismos de representação, participação e
reconhecimento tem orientado o processo de correção das desigualdades e
estratificações raciais no âmbito cultural e politico.
.A construção politica e institucional de um regime de representação e reconhecimento
da negritude e sua contribuição para a participação dos grupos organizados na condução
de politicas de igualdade de status e de identidade.
(movimentos sociais, Conferencias Nacionais, Estatuto da Igualdade Racial etc)
.As documentações e iniciativas que pautam posicionamentos e iniciativas do poder
público em relação a desnaturalização do racismo. De que modo representam
ferramentas de superação da desigualdade?
Exemplos: Politicas de ação afirmativa, de reconhecimento territorial das comunidades
tradicionais, rurais e urbanas, de revisão dos currículos escolares, Territorialidade , escolaridade, entre outras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AVRITZER, Leonardo, GOMES, L. DADOS – Politica de reconhecimento, raça e
democracia. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, vol. 56, no 1, 2013, pp. 39
COSTA, Sérgio. (2006), Dois Atlânticos. Teoria social, antirracismo, cosmopolitismo.
Belo Horizonte, Editora ufmg .
__ Desigualdades, interdependências e afrodescendentes na América Latina Tempo
Social. Nov/2012.
FERES JÚNIOR, João. (2002), “Contribuição a umaTipologia das Formas de
Desrespeito: Para Além do Modelo Hegeliano-republicano”. Dados, vol. 45, no 4, pp.
555-576.
. (2006), “Aspectos Semânticos da Discriminação Racial no Brasil: Para Além da
Teoria da Modernidade”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 21, pp. 163-176.
FERES JÚNIOR, João e ZONINSEIN, Jonas. (2006), “A Consolidação da Ação
Afirmativa no Ensino Superior Brasileiro”, in J. Feres Júnior e J. Zoninsein (orgs.),
Ação Afirmativa e Universidade: Projetos Nacionais em Perspectiva Comparada.
Brasília, Editora da UnB, pp. 9-33.
FRASER, N. (2003). Justiça social na globalização: Revista Crítica de Ciências Sociais,
FRASER, N. & HONNETH, A. (2001). Redistribution or recognition? Philosophical
exchange. London: Verso.
GOMES, Lilian Cristina B. (2009), Justiça Seja Feita: Direito Quilombola ao Território.
Tese de Doutorado em Ciência Política, Departamento de Ciência Política da
Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
. (2005), “Alguns Termos e Conceitos Presentes no Debate sobre Relações Raciais no
Brasil: Uma Breve Discussão”. Educação Antirracista, Caminhos Abertos pela Lei
Federal 10.639/03. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
Brasília, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização
e Diversidade, pp. 39-64.
GUIMARÃES,Antonio. Tirando a Máscara: Ensaios sobre o Racismo no Brasil. São
Paulo, Paz e Terra, in Desigualdades Raciais no Brasil: 2007-2008. Rio de Janeiro,
Editora Garamond.
HALL, Stuart. (2000), “Quem Precisa de Identidade?”, in T. T. da Silva (org.),
Identidade e Diferença: A Perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis, RJ, Vozes, pp.
103-133.
HERINGER, Rosana. (2006), “Panorama das Ações Afirmativas no Brasil a partir de
2001”, in J. Feres Júnior (org.), Ação Afirmativa e Universidade: Experiências
Nacionais Comparadas. Brasília, Editora da UnB.
HONNETH, A. (1995a). The struggle for recognition: the moral grammar of social
conflicts. Cambridge Polity Press. IPEA.2013 Dossie mulheres negras IPEA 2013.
__ /SEPPIR. 2011Retrato das desigualdades de gênero e raça no Brasil.
Lovell, Peggy. 1993. Raça e Genero no Brasil. Revista Lua Nova.35
PAIXÃO, Marcelo. Relatório anual das desigualdades raciais. 209-2010. Laeser.UFRJ
PHILIPE,Anne. Da desigualdade a diferença. Um caso de deslocamento? Revista
Brasileira de Ciencia Politica, Brasilia dez/2009pp223-240.
SCALON,Celi. 2004. Imagens da desigualdade. UFMG/Ucam
WARREN Scherer. Movimentos sociais e pós colonialismo na America Latina.
Unisinos, 2010.
YOUNG, Iris.(2000). Inclusion and Democracy. Oxford University Press.
__ (2006). Representação política, identidade e minorias. Lua Nova: Revista de
Cultura e Política, n.67, São Paulo.

CIÊNCIA POLÍTICA


Disciplina: Tópicos Especiais em Ciência Política XVII
Revolta e Revolução II: A Revolução Francesa
Professor responsável: Fernando Lattman-Weltman
Horário: 2ª T2/T5
Objetivos:
O objetivo do curso é dar prosseguimento à investigação teórica e comparativa dos grandes processos revolucionários das Eras Moderna e Contemporânea, iniciada com o estudo das Revoluções Inglesas (Século XVII). O objetivo principal e paradoxal da pesquisa é responder, através do estudo destes eventos fundamentais, a seguinte questão básica de teoria política: por que e como, eventualmente, a “ordem” se mantém e se reproduz “pacificamente” ao longo de períodos temporalmente significativos? Por que em determinadas circunstancias explode não só a revolta, mas também a própria revolução? Constituindo-se na segunda etapa deste projeto, o presente curso irá se debruçar sobre as grandes convulsões ocorridas na França ao final do século XVIII e 1ª
metade do XIX. O complexo revolucionário francês marca a superação das grandes revoltas e guerras civis dos períodos anteriores e o início espetacular da chamada era moderna das grandes revoluções ideológicas de impacto mundial.

Programa de curso:
A Revolução Francesa.
Antecedentes: o Iluminismo, a crise do Antigo Regime e as contradições do Absolutismo Francês.
Os Estados Gerais.
A dimensão social e econômica.
Classes, estamentos e privilégios feudais e clericais.
A ideologização e internacionalização do conflito.
O Terror, o Império e a Restauração.
As teorias da revolução.
Os Direitos Humanos e os ideais republicanos.
Reação, instabilidade e continuidade da Revolução.
Bibliografia:
BURKE, Edmund. Reflexões sobre a Revolução em França, UnB, Brasília, 1982.
CHARTIER, Roger. Origens Culturais da Revolução Francesa, Ed.Unesp, São Paulo, 2009.
DARNTON, Robert. Boemia Literária e Revolução, Cia. das Letras, São Paulo, 1987.
FURET, François. Pensando a Revolução Francesa. Paz e Terra, São Paulo, 1989.
HOBSBAWN, Eric J. A Era das Revoluções: 1789-1848, Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1979.
LE BON, Gustave. A Revolução Francesa e a Psychologia das Revoluções, Garnier, Rio de Janeiro, 1922.
LEFEBVRE, Georges. O Grande Medo de 1789, Campus, Rio de Janeiro, 1979.
ROBESPIERRE, Maximilien. Virtude e terror. Zahar, Rio de Janeiro, 2008.
SOBOUL, Albert. A Revolução Francesa. Difel, São Paulo, 1985.
TOCQUEVILLE, Alexis de. Lembranças de 1848: as jornadas revolucionárias em Paris, Cia. das Letras, São Paulo, 1991.
TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e a Revolução, UnB, Brasília, 1982.

Disciplina: Tópicos Especiais de Ciência Política VII
Tema: Mídia, Novas Mídias e Política
Professor responsável: Fernando Lattman Weltman
Horário: 2ª N5/N6 e 4ª N5/N6
Objetivos:
O objetivo da disciplina é introduzir os alunos na temática geral das relações entre os meios de comunicação e a política, dessa vez, porém, com foco especial nas implicações e dimensões políticas específicas da massificação das chamadas novas mídias digitais. O impacto político dos meios de comunicação, que já vinha sendo observado cada vez mais sistematicamente – em processos de formação da opinião pública, com forte ênfase em períodos eleitorais e, menos visivelmente, em suas implicações mais cotidianas no quadro geral de produção da visibilidade pública e sua influência sobre o exercício da cidadania –, súbito se vê desafiado de modo inédito pelos efeitos ainda não devidamente esclarecidos da atual revolução tecnológica digital, e da consequente democratização de acesso às redes sociais por contingentes cada vez maiores da população.
Programa de curso :
Modelos principais da relação entre comunicação e política: primeiros grandes modelos teóricos de interpretação do fenômeno das novas mídias. Visões contemporâneas das metamorfoses da relação mídia X política: principais paradigmas contemporâneos de análise e (des)construção do objeto mídia em suas transações com a política e a cultura, sob impacto da revolução tecnológica. Panorama brasileiro: breve estado da arte das pesquisas e reflexões sobre mídia, novas mídias digitais e política no contexto nacional.

Bibliografia:
ALDÉ, Alessandra. “O internauta casual: notas sobre a circulação da opinião política na
Internet”, in: Revista USP, 90, jun/ago 2011.
BURKE, Peter & BRIGGS, Asa, Uma história social da mídia: de Gutenberg à Internet, Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 2004.
GOMES, Wilson & MAIA, Rousiley, Comunicação e democracia: problemas e
perspectivas, Paulus, São Paulo, 2008.
LATTMAN-WELTMAN, Fernando. “O Rio nas Cruzadas: comunicação, democratização e usos da Internet numa eleição carioca”, in: Revista Eco-Pós, 12(3), 2009.
LIMA, Venício A. (org.), A mídia e as eleições de 2006, Editora Fundação Perseu Abramo, São Paulo, 2007.
MAIA, R.C.M., GOMES, W. & MARQUES, F.P.J. (orgs.). Internet e participação política no Brasil, Sulina, 2011.
MANIN, Bernard. “As metamorfoses do governo representativo”, In: Revista Brasileira deCiências Sociais, 29 (1), 1995.
MEYER, Philip. Os jornais podem desaparecer?, Contexto, São Paulo, 2007.
RECUERO, Raquel. Redes sociais na Internet. Sulina, Porto Alegre, 2010.
SILVA, José Domingues da. A política da política de TV digital no Brasil, Multifoco, Rio de Janeiro, 2011.
SORJ, Bernardo (org.). Meios de comunicação e democracia: além do Estado e do
mercado, Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, Rio de Janeiro, 2011.
SORJ, Bernardo. Brasil@povo.com: a luta contra a desigualdade da informação, Jorge
Zahar, Rio de Janeiro, 2003.
VALENZUELA, Sebastián. “Analisando o uso de redes sociais para o comportamento de protesto: o papel da informação, da expressão de opiniões e do ativismo”, in: Revista
Compolítica, 1(4), jan-jul/2014.

Tópicos especiais em Ciência Política XXXII
Prof.: Paulo Jorge Ribeiro
Horário: 4ª M3/M4 E 6ª M5/M6
Objetivos:
As imagens somente se tornaram um lugar de problematização rigorosa no final
do século XX. O cinema, contudo, mereceu atenção especial do pensamento, seja
ele filosófico ou social, já que se trata de uma linguagem específica – a imagem
em movimento – que atravessa públicos distintos, bem como formatações e
gêneros singulares. Buscar compreender como que o cinema pode ser reconhecido como um lugar de percepção das experiências modernas, bem como discutir algumas das idiossincráticas formas de sua expressividade, é o que propõe realizar este curso.
1. A origem do cinema e a experiência moderna
- Hauser, Arnold. A era do cinema. In: História social da arte e da literatura.
São Paulo, Martins Fontes, 2000.
- Hansen, Miram Bratu. Estados Unidos, Paris, Alpes: Kracauer (e Benjamin)
sobre o cinema e a modernidade. In: Charney, Leo e Schwartz, Vanessa R. O
cinema e a invenção da vida moderna. SP: Cosac & Naify2001.
Filmografia
Nascimento de uma Nação – Griffith
2. Cinema e condição humana (ou cinema e antropologia, num sentido
não usual entre nós desta palavra):
- Morin, Edgar. O cinema ou o homem imaginário: Ensaio de antropologia
sociológica (caps. VII e VIII). São Paulo, É Realizações, 2014.
- Aumont, Jacques. A imagem (partes 2 e 3). Campinas, Papirus, 2014.
(se for para colocar o Benjamin, eu colocaria aqui, mas por enquanto deixaria
de fora).
3. Cinema em tempos sombrios
- Kracauer. Siegfried. El período prehitleriano. In: De Caligari a Hitler.
Barcelona: Paidós, 1985.
- Wajcman, Gérard. A arte, a psicanálise, o século. In: Jacques Albert et. alli.
Lacan, o escrito, a imagem. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
- Huberman-Didi. Imagens apesar de tudo (cap. I). Lisboa, KKYM, 2012.
M – O Vampiro de Dussendorf – F. Lang
Hiroshima, mon amour.
O homem bom.
4. O cinema e a experiência colonial
- Shohat. Ella e Stam, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica (cap. 5). São Paulo:
Cosac & Naify, 2006.
Filmografia
- A batalha de Argel.
5. O cinema e o mal estar na modernidade:
- Zizek, Slavoj. Lacrimae rerum: ensaios sobre cinema moderno (Prefácio e
capítulos 2 e 5). São Paulo, Boitempo, 2009.
- Metz, Christian. O cinema moderno e a narração. In: A significação no
cinema. São Paulo, Perspectiva, 2014.
- Odin, Roger. A questão do público: uma abordagem semiopragmática. In:
Fernão Pessoa Ramos (org.) Teoria contemporânea do cinema – vol. II.
São Paulo: Editora Senac2004.
Filmografia
-Biutiful. Alejandro G. Iñarritu

Disciplina: Tópicos Especiais em Ciência Política XXI
Tema: Poder, violência e representação
Professor responsável: Paulo Jorge Ribeiro
Horário: 4ª M1/M2 E 6ªM1/M2
Objetivos:
Este curso visa examinar algumas temáticas presentes no interior das problemáticas da violência, do poder e de suas representações, primordialmente tendo como cenário o mundo contemporâneo. Será almejado aqui ultrapassar as abordagens funcionalistas da ordem social, já que as questões da representação e da violência não podem ser abordadas e visualizadas como questões puramente objetivas ligadas aos “desvios” da vida política.

Programa de curso :
1a parte: Mapeando questões: violência, poder e ordem
2ª parte: Homens em tempos sombrios
3a parte: “... nós, cuja tarefa é precisamente a vigília”. Friedrich Nietzsche
Bibliografia:
1a parte:
ELIAS, Norbert. “Sugestões para uma teoria dos processos civilizadores”, in O
processo civilizador - Vol. 2. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1994.
________. “Civilização e violência”. In: Os alemães. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 1999.
ARENDT, Hannah. Sobre a violência. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2001.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: história da violência nas prisões. 7a. edição,
Petrópolis, Vozes, 1989 (capítulo a ser selecionado).

2a parte:
BENJAMIN, Walter. Sobre o conceito de História. In: ______. Obras escolhidas.
Vol. 1. São Paulo: Brasiliense, 1994.
______. Teorias do fascismo alemão In: ______. Obras escolhidas — Magia e
técnica, arte e política, v. 1. São Paulo: Brasiliense, 1994.
LEVI, Primo. “The gray zone”. In: The drowned and the saved. New York, Vintage
Books, 1989.
ARENDT, Hannah. “Julgamento, apelação e execução”. In: Eichmann em Jerusalém.
São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
SÉMELIN, Jacques. “compreender?” In: Purificar e destruir: usos políticos de
massacres e dos genocídios. Rio de Janeiro: Difel, 2005. (19-62)

3a parte:
FREIRE FILHO, João. Mídia, estereótipo e representação das minorias. In: Eco Pós.
Pós-Graduação em Comunicação e Cultura, UFRJ, v. 7, n. 2, ago/dez. 2004.
DIDI-HUBERMAN. Imagens apesar de tudo. Lisboa: KKYM, 2012.

Bibliografia complementar
BALIBAR, Étienne. “Violencia: idealidad y crueldad. In: Violencias, identidades y
civilidade. Barcelona: Gedisa, 2005.
CHESNAIS, Jean-Claude. Historie de la violence. Paris: Editions Robert Laffont,
1981.
CHEVALIER. Louis. Classes labourieuses et classes dangereuses. Paris: Pluriel, 1978.
DELUMEAU, Jean. História do medo no ocidente. São Paulo: Companhia das Letras,
1989.
ENZENSBERGER, Hans Magnus (1995). Visões da Guerra Civil. In: _____. Guerra
Civil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
GIRARD, René. A violência e o sagrado. São Paulo, Paz & Terra, 1990.

DISCIPLINA: Tópicos Especiais em Ciência Política I
Tema: Liberdade em Kant e Hegel.
Professor: Paulo d’Avila
Horário: 2ª M3/M6
Apresentação:
O tema da liberdade é controverso, a noção de liberdade ganha contornos diferenciado de acordo com a “plataforma” de observação que se escolha para defini-la. Tema clássico da filosofia política, se torna objeto de disputa por parte da teoria política contemporânea que se digladia em torno de interpretações e prefigurações de mundos sociais desejáveis constituídos em torno de alguma noção de liberdade, enquanto buscam legitimação e reconhecimento nos bancos escolares acadêmicos. Boa parte da pluralidade e riqueza deste pensamento contemporâneo se forma a partir do que este curso vai considerar como duas plataformas de observação do mundo constituídas pelas perspectivas de liberdade contidas no pensamento de dois autores consagrados, da filosofia alemã, Kant e Hegel. Já se disse que há muitas ilhas no oceano da filosofia, umas maiores outras menores, no entanto, há apenas dois continentes, Kant e
Hegel. A hipótese que subjaz à proposta deste curso é a de que estas concepções alimentam nossa imaginação social sobre o significado da liberdade, assim como nossas projeções de boa vida e boa ordem social, tanto na literatura contemporânea especializada, quanto em nossa vida cotidiana, em nossa linguagem em uso. A intenção é apresentar uma introdução ao tema da liberdade nos autores citados, procurando fornecer um instrumento de organização de um mapa do debate público hodierno. Saborear a intensidade e elegância dos discursos sobre a liberdade nesse variado cardápio é o convite que lhes faço.

BIBLIOGRAFIA PRELIMINAR.
MÓDULO I Liberdade em Kant (6 aulas)
KANT, Immanuel, (2008) Prolegômenos a Toda a Metafísica Futura. Edições 70. (Pág.11-22)
PASCAL, Georges (2005) Compreender Kant. Editora Vozes, Petrópolis RJ. (Pág. 29-48)
ANDRADE, Regis de Castro. Kant: a Liberdade, o indivíduo e a república. IN: Os Clássicos da Política, Weffort, Francisco (Org), Vol II (textos selecionados da Fundamentação da Metafísica dos Costumes Pág. 94-99).

MÓDULO II Liberdade em Hegel (4 aulas)
MARCONDES, Danilo (2001) Hegel. IN: Iniciação à História da Filosofia. Zahar Editora, Rio de Janeiro. (Pág. 216-225)
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich, A Razão na História. Ed centauro, 2001. (Pág. 65-113)

Disciplina: Tópicos Especiais de Ciência Política VII
Título com palavras-chave: Teoria Política de Max Weber
Professor responsável: Valter Duarte Ferreira Filho
Horário da aula: Segundas e quartas N5/N6.

Objetivos (apresentação) da matéria:
A proposta do curso é desenvolver estudos sobre a parte política do pensamento de Max
Weber tendo como referência os fundamentos da sua Sociologia Compreensiva.
Programa de curso :
1. Fundamentos do pensamento sociológico de Max Weber: definições de sociologia, de ação social, de relação social, dos tipos ideais de ação social e dos tipos ideais de dominação.
2. “A Política como Vocação” e as definições de Estado, nação, “classes”, estamentos, partidos e disciplina.
3. Relações entre religiões e as esferas política, estética e erótica.
4. Ética Protestante e Espírito do Capitalismo.

Referências Bibliográficas:
Bendix, Reinhard. Max Weber, um perfil intelectual. Tradução dee E. Hanna e J. Viegas Filho. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1986.
Cohn, Gabriel (org.) Weber. “Coleção Grandes Cientistas Sociais”. São Paulo, Editora Ática, 1979.
_______________. Crítica e Resignação: fundamentos da sociologia de Max Weber. São Paulo, T. A. Queiroz, Editor, 1979.
Duarte, Valter. A Sociologia Encantada de Max Weber. Revista ADVIR nº 24.
___________. A Sociologia Compreensiva individualista quanto ao método de Max Weber. Revista ADVIR nº 26.
Weber, Max. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro, Zahar, várias edições.
___________. Economia y Sociedad. México, Fondo de Cultura Econômica.
___________. Sobre a Teoria das Ciências Sociais. Lisboa, Editorial Presença.
___________. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo, Editora Pioneira.