Como havíamos prometido, seguem as ementas das disciplinas eletivas, em duas partes (ainda à noite postamos a segunda parte). Em breve, organizaremos tudo em um arquivo em pdf, para facilitar a visualização!
TÓPICOS ESPECIAIS EM SOCIOLOGIA V- IFCH02 6237
Horário: 5ª feira T2/5
Professora: Clara Araújo
“CIDADANIA: CONCEITOS, AÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL E DEBATES CONTEMPORÂNEOS”
Objetivo do curso: Apresentar aos alunos as principais formulações teóricas e os debates centrais sobre o conceito de cidadania. Ênfase particular será dada à relação entre Cidadania e Gênero, desde que foi através desta clivagem que as tensões e contradições da cidadania moderna se apresentaram de forma mais contundente. Mas o curso estará centrado, sobretudo, nos debates, nas tensões e nas mediações entre Cidadania e outras categorias teóricas e políticas. Para tanto, o curso será dividido em unidades, envolvendo partes históricas, conceituais e empíricas.
Os eixos gerais serão:
Parte I – Cidadania como conceito, dimensões e história;
II – Cidadania, Democracia e Igualdade –dilemas políticos
III- Cidadania e Gênero
IV - Tensões e Tendências Contemporâneas
Dinâmica do curso: aulas expositivas, leituras e apresentação de seminários. Como o curso é concentrado num único dia, a presença e o acompanhamento do material bibliográfico serão cobrados.
Bibliografia (sujeita a modificações)
Marshall, T.H - Cidadania e Classe Social
Maffettone, Sebastiano e Veca, Salvatore. (orgs.) A idéia de justiça de Platão a Rawls. SP: Martins Fontes, 2005.
Molyneaux, M. Formaciones estatales em la América Latina Del siglo XX: teoria de los estados y lãs relaciones de gênero
Pateman, Carole- O contrato Sexual. Rio de Janeiro: paz e Terra, 1988
Pinsky, Jaime e Pinsky, Carla Bassanezi. (orgs.) História da Cidadania. SP: Contexto, 2003
Prá, Jussara- Cidadania e Capital Social de gênero na América Latina. In, Marcelo Baquero (org) Capital Social, desenvolvimento sustentável e democrático,
Santos, Wanderley Guilherme dos. Cidadania e Justiça. Rio de Janeiro: Campus, 1987.
Solera, C. Rodrigues – Sete grandes debates sobre desigualdade social, in A.D. Cattani e L.M. Diaz (orgs) Desigualdades na A – Novas Perspectivas analíticas América Latina , Porto Alegre: UFRGS
Vita, Álvaro de “A Justiça Igualitária”, In, A Justiça Igualitária e seus críticos. São Paulo: UNESP,2000.
TEORIA DA CULTURA – IFCH02 5548
Horário: 4ª M5/6 e 6ª M1/2
Professora: Claudia Barcellos Rezende
Objetivo do curso: Neste curso, examinaremos uma breve história do conceito de cultura na teoria antropológica: do conceito clássico de Tylor ao relativismo cultural de Boas, da cultura e personalidade de Benedict à visão funcionalista de cultura Malinowski, do deslocamento da cultura em Radcliffe-Brown à cultura enquanto estruturais mentais em Levi-Strauss, da cultura na antropologia interpretivista de Geertz às desconstruções do pós-modernismo na antropologia americana. Na parte final, focalizaremos nas discussões recentes e críticas sobre o conceito de cultura.
Bibliografia:
TYLOR, E.B. “A ciência da cultura”. In: Celso Castro (org.). Evolucionismo cultural. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005.
BOAS, Franz. A formação da antropologia americana 1883-1911 (org. George Stocking). Parte VII Capacidade racial e determinismo cultural. Rio de Janeiro, Contraponto/Ed.UFRJ, 1999.
MALINOWSKI, Bronislaw. Coleção Grandes Cientistas. Cap. 2 “A lei e a ordem primitivas”. São Paulo, Ática, 1986.
BENEDICT, Ruth. “Configurações de cultura” In: Donald Pierson (org.) Estudos de organização social. São Paulo, Martins, 1970.
RADCLIFFE-BROWN, A.R. Estrutura e função na sociedade primitiva. Cap. Tabu. Petrópolis, Vozes.
LEVI-STRAUSS, Claude. Mito e significado. Caps. 1e 2. Lisboa, Edições 70, 1985.
Geertz, Clifford. A Interpretação das Culturas. Cap.1 Por uma descrição densa. Rio de Janeiro, LTC, 1989.
CALDEIRA, Teresa. “A presença do autor e a pós-modernidade na antropologia”. Novos Estudos Cebrap, no.21
HANNERZ, Ulf. “Fluxos, Fronteiras, Híbridos: palavras-chave na antropologia transnacional”. Mana, vol 3 no 1, 1997.
TÓPICOS ESPECIAIS EM ANTROPOLOGIA VI - IFCH02 6897
Horário: 3ª T5/T6 e 5ª T5/T6
Professora: Rosane Prado
“ANTROPOLOGIA DO MEIO AMBIENTE”
Objetivo do curso: o curso pretende trabalhar a temática de meio ambiente/ecologia a partir da perspectiva da antropologia social. Serão examinadas algumas linhas de questões e conceitos desse campo temático (tais como: “sustentabilidade”; “(percepção de) risco”; “consciência ecológica”), tendo como questão de fundo a relação entre o que se pode chamar de “ideologias ecológicas/ambientalistas” e diferentes “visões nativas/locais”. Nesse sentido, serão focalizados casos e estudos referentes ao Brasil, em especial os de populações de “unidades de conservação”.
O programa será:
1.Concepções culturais e meio ambiente
a perspectiva antropológica (código; sistemas simbólicos; representações; sistemas de classificação)
2.Meio ambiente/ecologia – uma temática que se impõe
ideologias ambientalistas
a perspectiva e os movimentos ecológicos
os muitos significados e interpretações
ecologia e etnoecologia
3.“Visões nativas” de “questões ambientais”
a “indigenização” da ecologia
traduções locais das questões de meio ambiente e ecologia
meio ambiente e ecologia como tradução de diferentes questões
percepção de risco – construção social e distribuição social do risco
impactos ambientais e populações atingidas
unidades de conservação e populações nativas/locais
4.Percepção de questões ambientais na Ilha Grande – exemplo de uma pesquisa
Dinâmica do curso: serão feitas duas avaliações - uma prova, individual, no meio do curso; e um trabalho final, individual ou em grupo (de até 3 componentes).
Haverá também uma avaliação referente à freqüência às aulas, com uma nota correspondente ao percentual de presenças (exemplo: 75% de presença = 7,5)
Bibliografia
Adams, Cristina. As populações caiçaras e o mito do bom selvagem: a necessidade de uma nova abordagem interdisciplinar. In Revista de Antropologia v. 43 n. 1. São Paulo:USP, 2000.
Barreto Filho, Henyo. Da nação ao planeta através da natureza: uma abordagem antropológica das unidades de conservação de proteção integral na Amazônia brasileira. Tese de doutorado. São Paulo: USP/PPGAS/FFLCH, 2001.
Diegues, Antonio Carlos. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 1996.
Leite Lopes, José Sérgio. Sobre processos de ‘ambientalização’ dos conflitos e sobre dilemas da participação. Horizontes Antropológicos ano 12 n. 25, Antropologia e Meio Ambiente. Porto Alegre: UFRS, 2006.
Little, Paul E. Etnoecologia e direitos dos povos: elementos de uma nova ação indigenista. In SOUZA LIMA, Antonio Carlos e BARROSO-HOFFMANN, Maria Introdução (orgs.) Etnodesenvolvimento e políticas públicas: bases para uma nova política indigenista. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria/LACED, 2002.
____. Ecologia política como etnografia: um guia teórico e metodológico. Horizontes Antropológicos ano 12 nº 25, Antropologia e Meio Ambiente. Porto Alegre: UFRS, 2006.
Lorenzo, Rosa Amélia F.Garcia. A que passos andam as tartarugas. Estudo sobre o impacto sócio-cultural do turismo em Praia do Forte. Trabalho apresentado na XX Reunião Brasileira de Antropologia, Salvador, 1996, mimeo.
Luchiari, Maria Tereza D. P. Turismo e cultura caiçara no litoral norte paulista. In Adyr B. Rodrigues (org) Turismo, modernidade e globalização. São Paulo: Hucitec, 2000.
Pádua, José Augusto. Natureza e projeto nacional: As origens da ecologia política no Brasil. In
___. (org.) Ecologia e política no Brasil. Rio de J.: IUPERJ/Espaço e Tempo, 1987.
Prado, Rosane. A beleza traída: reação da população de Angra dos Reis à usina nuclear. In Antropolítica n. 13 (2º sem. 2002). Niterói: EdUFF, 2002.
____. Depois que entrou o “Imbamba”: percepção de questões ambientais na Ilha Grande. In ____. (org.) Ilha Grande: do sambaqui ao turismo. Rio de Janeiro: EdUERJ/Garamond, 2006.
Sahlins, Marshall. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro: Zahar Editores, (1979).
____. Cosmologias do capitalismo: o setor transpacífico do “sistema mundial”. Religião e Sociedade. V.16, nº ½, Rio de Janeiro, (1992).
____. O “pessimismo sentimental” e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um “objeto” em via de extinção ( parte I). Mana 3/2 (Estudos de Antropologia Social), abril/1997. Rio de Janeiro: PPGAS, Museu Nacional, UFRJ/Ed. Contracapa, 1997.
Sigaud, Lygia. Efeitos sociais de grandes projetos hidrelétricos: as barragens de Sobradinho e Machadinho. In L.P. Rosa et. al.Impactos de grandes projetos hidrelétricos e nucleares. Rio: Marco Zero, 1988.
Silva, Gláucia. Risco tecnológico e tradição: notas para uma antropologia do sofrimento. Antropolítica n. 7: 57-73, 1999.
Thomas, Keith. O homem e o mundo natural. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
Wagner, Alfredo B. de Almeida. Universalização e localismo. Movimentos sociais e crise dos padrões tradicionais de relação política na Amazônia. CESE-Debate, versão atualizada do texto publicado na Revista ABRA nº 1, 1990.
TÓPICOS ESPECIAIS EM ANTROPOLOGIA XL - IFCH02 10717
Horário: 3a M3/M4 e 5a M3/M4
Professora: Simone Pondé Vassallo
"RELAÇÕES INTERÉTNICAS"
Objetivo do curso: Num primeiro momento, o curso irá problematizar a noção de identidade étnica, através da análise da bibliografia básica sobre o tema. Tentaremos, mais especificamente, repensar noções como nação, raça, etnia, território e cultura no mundo moderno, os vínculos que mantêm entre si e o contexto histórico em que são veiculadas.
Em seguida, analisaremos as relações interétnicas através de obras contemporâneas que ressaltem as noções de fluxos, hibridismo, transnacionalização e globalização. Contemplaremos autores que procuram refletir sobre o enorme deslocamento de pessoas, signos e mercadorias, característico dos dias de hoje, e de que modo isto repercute nas relações entre identidade e cultura. Serão abordados temas como religião, negritude, identidades indígenas, migrações, diásporas, entre outros.
Obs.: a ementa definitiva estará disponível a partir do primeiro dia de aula.
Bibliografia preliminar
AGIER, Michel. “Distúrbios identitários em tempos de globalização”. In: Mana, 7 (2) 2001.
ANDERSON, Benedict. “Introdução”. In: Um mapa da questão nacional. Rio de Janeiro, Contraponto, 2000 [1996].
BARTH, Fredrik. “Os grupos étnicos e suas fronteiras”. In: O guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro, Contra Capa, 2000 [1969].
CANCLINI, Nestor García. A globalização imaginada. São Paulo, Ed. Iluminuras, 2003.
CUNHA, Manuela Carneiro da. “Etnicidade: da cultura residual mais irredutível” e “Religião, comércio e etnicidade: uma interpretação preliminar do catolicismo brasileiro em Lagos no século XIX”. In: Antropologia do Brasil: mito, história, etnicidade. São Paulo, Brasiliense, 1986.
FEATHERSTONE, Mike (ed). Cultura global. Nacionalismo, globalização e modernidade. Petrópolis, Vozes, 1998 [1990].
GEERTZ, Clifford. “O mundo em pedaços: cultura e política no fim do século”, in: Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2001.
HALL, Stuart. Da diáspora. Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2003.
HANNERZ, Ulf. “Fluxos, fronteiras e hibridismos: palavras-chave da antropologia transnacional”. In: Mana, 3 (1) 1997.
HOBSBAWM, Eric & RANGER, Terence. “Introdução. In: A inveção das tradições. Rio de Janeiro, ed. Paz e Terra.
MAGGIE, Yvonne & RESENDE, Cláudia. Raça como retórica: a construção da diferença. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2002.
POUTIGNAT, P. e STREIFF-FENART, J. Teorias da etnicidade. SP, Ed. Unesp, 1997 [1995].
SANSONE, Livio. Negritude sem etnicidade. Rio de Janeiro/Salvador, Pallas/Edufba, 2003.
WEBER, Max. “Comunidades étnicas”. In: Economia e sociedade, vol. 2.
TÓPICOS ESPECIAIS EM SOCIOLOGIA II - IFCH02 6172
Horário: 3ª M5/M6 e 5ª M1/M2
Professora: Márcia Leite
"NOVA POBREZA URBANA, SEGREGAÇÃO E PRODUÇÃO DE PERIFERIAS"
Objetivo do curso: O curso propõe-se a discutir como a produção da nova pobreza urbana vem sendo articulada a políticas e dinâmicas segregatórias que resultam na produção de novas periferias de nossas cidades/sociedades. Examinará alguns dos processos históricos e das dinâmicas atuais responsáveis pela configuração dessas “margens” no período fordista e por sua reconfiguração em tempos de globalização, enfocando velhos problemas e novas questões nesses dois contextos. Analisará como a produção da nova pobreza urbana articula-se ao estigma e à segregação de populações e territórios, buscando identificar como das “margens” se produzem diversas reapropriações discursivas e iniciativas no plano da ação que buscam incidir sobre estas questões.
Bibliografia:
Anderson, Benedict. Comunidades imaginadas. SP: Companhia das Letras, 2008.
APPADURAI, Arjun. “El temor a los números pequenos”, El rechazo de las minorías. Ensayo sobre la geografía de la furia. Barcelona: Tusquets Editores SA, 2007.
Bhabha, Homi. O local da cultura. BH: EdUFMG, 2003.
CASTELL, Robert. A metamorfose da questão social. Petrópolis: Vozes, 1998.
CHATTERJEE, Partha. Colonialismo, modernidade e política. Salvador: EdUFBA, CEAO, 2004.
cunha, Olívia M. Gomes. “Bonde do mal: notas sobre território, cor, violência e juventude numa favela do subúrbio carioca”, in MAGGIE, Yvonne e REZENDE, Cláudia B. (org.). Raça como retórica: a construção da diferença. RJ: Civilização Brasileira, 2002.
FOUCAULT, Michel. “Aula de 17 de março de 1976”, Em defesa da sociedade. SP: Martins Fon tes, 2002.
FOUCAULT, Michel. “Clase del 21 de marzo de 1979”, Nacimiento de la biopolítica. Buenos Aires: Fondo de Cultura Econômica de Argentina, 2007.
GOFFMAN, Erving. A representação do Eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1975.
GOFFMAN, Erving. Estigma. Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. RJ: Zahar, 1975.
GUIMARÃES, Alberto Passos. As classes perigosas: banditismo urbano e rural. RJ: EdUFRJ, 2008.
LEITE, Márcia Pereira. “Religião e política no espaço público: movimentos de moradores de favelas contra a violência e por justiça”, in Almeida, Ronaldo de e Mafra, Clara (org.) Religiões e Cidades: São Paulo e Rio de Janeiro. SP: CEM/CEBRAP, 2009, no prelo.
MACHADO DA SILVA, Luiz Antonio. (org.). Vida sob cerco. Violência e rotina em favelas do Rio de Janeiro. RJ: FAPERJ/Nova Fronteira, 2008.
Marshall, T. H. “Cidadania e classe social”. Cidadania, classe social e status. RJ, Zahar, 1967.
POLANYI, Karl. A grande transformação. RJ: Campus, 1980.
Offe, Claus. “A democracia contra o Estado de Bem-Estar?”, Capitalismo desorganizado. SP: Brasiliense, 1989.
WACQUANT, Loïc. Os condenados da cidade: estudos sobre a marginalidade avançada. RJ: Revan, 2001.
TÓPICOS ESPECIAIS EM SOCIOLOGIA V- IFCH02 6237
Horário: 5ª feira T2/5
Professora: Clara Araújo
“CIDADANIA: CONCEITOS, AÇÃO COLETIVA E INDIVIDUAL E DEBATES CONTEMPORÂNEOS”
Objetivo do curso: Apresentar aos alunos as principais formulações teóricas e os debates centrais sobre o conceito de cidadania. Ênfase particular será dada à relação entre Cidadania e Gênero, desde que foi através desta clivagem que as tensões e contradições da cidadania moderna se apresentaram de forma mais contundente. Mas o curso estará centrado, sobretudo, nos debates, nas tensões e nas mediações entre Cidadania e outras categorias teóricas e políticas. Para tanto, o curso será dividido em unidades, envolvendo partes históricas, conceituais e empíricas.
Os eixos gerais serão:
Parte I – Cidadania como conceito, dimensões e história;
II – Cidadania, Democracia e Igualdade –dilemas políticos
III- Cidadania e Gênero
IV - Tensões e Tendências Contemporâneas
Dinâmica do curso: aulas expositivas, leituras e apresentação de seminários. Como o curso é concentrado num único dia, a presença e o acompanhamento do material bibliográfico serão cobrados.
Bibliografia (sujeita a modificações)
Marshall, T.H - Cidadania e Classe Social
Maffettone, Sebastiano e Veca, Salvatore. (orgs.) A idéia de justiça de Platão a Rawls. SP: Martins Fontes, 2005.
Molyneaux, M. Formaciones estatales em la América Latina Del siglo XX: teoria de los estados y lãs relaciones de gênero
Pateman, Carole- O contrato Sexual. Rio de Janeiro: paz e Terra, 1988
Pinsky, Jaime e Pinsky, Carla Bassanezi. (orgs.) História da Cidadania. SP: Contexto, 2003
Prá, Jussara- Cidadania e Capital Social de gênero na América Latina. In, Marcelo Baquero (org) Capital Social, desenvolvimento sustentável e democrático,
Santos, Wanderley Guilherme dos. Cidadania e Justiça. Rio de Janeiro: Campus, 1987.
Solera, C. Rodrigues – Sete grandes debates sobre desigualdade social, in A.D. Cattani e L.M. Diaz (orgs) Desigualdades na A – Novas Perspectivas analíticas América Latina , Porto Alegre: UFRGS
Vita, Álvaro de “A Justiça Igualitária”, In, A Justiça Igualitária e seus críticos. São Paulo: UNESP,2000.
TEORIA DA CULTURA – IFCH02 5548
Horário: 4ª M5/6 e 6ª M1/2
Professora: Claudia Barcellos Rezende
Objetivo do curso: Neste curso, examinaremos uma breve história do conceito de cultura na teoria antropológica: do conceito clássico de Tylor ao relativismo cultural de Boas, da cultura e personalidade de Benedict à visão funcionalista de cultura Malinowski, do deslocamento da cultura em Radcliffe-Brown à cultura enquanto estruturais mentais em Levi-Strauss, da cultura na antropologia interpretivista de Geertz às desconstruções do pós-modernismo na antropologia americana. Na parte final, focalizaremos nas discussões recentes e críticas sobre o conceito de cultura.
Bibliografia:
TYLOR, E.B. “A ciência da cultura”. In: Celso Castro (org.). Evolucionismo cultural. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2005.
BOAS, Franz. A formação da antropologia americana 1883-1911 (org. George Stocking). Parte VII Capacidade racial e determinismo cultural. Rio de Janeiro, Contraponto/Ed.UFRJ, 1999.
MALINOWSKI, Bronislaw. Coleção Grandes Cientistas. Cap. 2 “A lei e a ordem primitivas”. São Paulo, Ática, 1986.
BENEDICT, Ruth. “Configurações de cultura” In: Donald Pierson (org.) Estudos de organização social. São Paulo, Martins, 1970.
RADCLIFFE-BROWN, A.R. Estrutura e função na sociedade primitiva. Cap. Tabu. Petrópolis, Vozes.
LEVI-STRAUSS, Claude. Mito e significado. Caps. 1e 2. Lisboa, Edições 70, 1985.
Geertz, Clifford. A Interpretação das Culturas. Cap.1 Por uma descrição densa. Rio de Janeiro, LTC, 1989.
CALDEIRA, Teresa. “A presença do autor e a pós-modernidade na antropologia”. Novos Estudos Cebrap, no.21
HANNERZ, Ulf. “Fluxos, Fronteiras, Híbridos: palavras-chave na antropologia transnacional”. Mana, vol 3 no 1, 1997.
TÓPICOS ESPECIAIS EM ANTROPOLOGIA VI - IFCH02 6897
Horário: 3ª T5/T6 e 5ª T5/T6
Professora: Rosane Prado
“ANTROPOLOGIA DO MEIO AMBIENTE”
Objetivo do curso: o curso pretende trabalhar a temática de meio ambiente/ecologia a partir da perspectiva da antropologia social. Serão examinadas algumas linhas de questões e conceitos desse campo temático (tais como: “sustentabilidade”; “(percepção de) risco”; “consciência ecológica”), tendo como questão de fundo a relação entre o que se pode chamar de “ideologias ecológicas/ambientalistas” e diferentes “visões nativas/locais”. Nesse sentido, serão focalizados casos e estudos referentes ao Brasil, em especial os de populações de “unidades de conservação”.
O programa será:
1.Concepções culturais e meio ambiente
a perspectiva antropológica (código; sistemas simbólicos; representações; sistemas de classificação)
2.Meio ambiente/ecologia – uma temática que se impõe
ideologias ambientalistas
a perspectiva e os movimentos ecológicos
os muitos significados e interpretações
ecologia e etnoecologia
3.“Visões nativas” de “questões ambientais”
a “indigenização” da ecologia
traduções locais das questões de meio ambiente e ecologia
meio ambiente e ecologia como tradução de diferentes questões
percepção de risco – construção social e distribuição social do risco
impactos ambientais e populações atingidas
unidades de conservação e populações nativas/locais
4.Percepção de questões ambientais na Ilha Grande – exemplo de uma pesquisa
Dinâmica do curso: serão feitas duas avaliações - uma prova, individual, no meio do curso; e um trabalho final, individual ou em grupo (de até 3 componentes).
Haverá também uma avaliação referente à freqüência às aulas, com uma nota correspondente ao percentual de presenças (exemplo: 75% de presença = 7,5)
Bibliografia
Adams, Cristina. As populações caiçaras e o mito do bom selvagem: a necessidade de uma nova abordagem interdisciplinar. In Revista de Antropologia v. 43 n. 1. São Paulo:USP, 2000.
Barreto Filho, Henyo. Da nação ao planeta através da natureza: uma abordagem antropológica das unidades de conservação de proteção integral na Amazônia brasileira. Tese de doutorado. São Paulo: USP/PPGAS/FFLCH, 2001.
Diegues, Antonio Carlos. O mito moderno da natureza intocada. São Paulo: Hucitec, 1996.
Leite Lopes, José Sérgio. Sobre processos de ‘ambientalização’ dos conflitos e sobre dilemas da participação. Horizontes Antropológicos ano 12 n. 25, Antropologia e Meio Ambiente. Porto Alegre: UFRS, 2006.
Little, Paul E. Etnoecologia e direitos dos povos: elementos de uma nova ação indigenista. In SOUZA LIMA, Antonio Carlos e BARROSO-HOFFMANN, Maria Introdução (orgs.) Etnodesenvolvimento e políticas públicas: bases para uma nova política indigenista. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria/LACED, 2002.
____. Ecologia política como etnografia: um guia teórico e metodológico. Horizontes Antropológicos ano 12 nº 25, Antropologia e Meio Ambiente. Porto Alegre: UFRS, 2006.
Lorenzo, Rosa Amélia F.Garcia. A que passos andam as tartarugas. Estudo sobre o impacto sócio-cultural do turismo em Praia do Forte. Trabalho apresentado na XX Reunião Brasileira de Antropologia, Salvador, 1996, mimeo.
Luchiari, Maria Tereza D. P. Turismo e cultura caiçara no litoral norte paulista. In Adyr B. Rodrigues (org) Turismo, modernidade e globalização. São Paulo: Hucitec, 2000.
Pádua, José Augusto. Natureza e projeto nacional: As origens da ecologia política no Brasil. In
___. (org.) Ecologia e política no Brasil. Rio de J.: IUPERJ/Espaço e Tempo, 1987.
Prado, Rosane. A beleza traída: reação da população de Angra dos Reis à usina nuclear. In Antropolítica n. 13 (2º sem. 2002). Niterói: EdUFF, 2002.
____. Depois que entrou o “Imbamba”: percepção de questões ambientais na Ilha Grande. In ____. (org.) Ilha Grande: do sambaqui ao turismo. Rio de Janeiro: EdUERJ/Garamond, 2006.
Sahlins, Marshall. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro: Zahar Editores, (1979).
____. Cosmologias do capitalismo: o setor transpacífico do “sistema mundial”. Religião e Sociedade. V.16, nº ½, Rio de Janeiro, (1992).
____. O “pessimismo sentimental” e a experiência etnográfica: por que a cultura não é um “objeto” em via de extinção ( parte I). Mana 3/2 (Estudos de Antropologia Social), abril/1997. Rio de Janeiro: PPGAS, Museu Nacional, UFRJ/Ed. Contracapa, 1997.
Sigaud, Lygia. Efeitos sociais de grandes projetos hidrelétricos: as barragens de Sobradinho e Machadinho. In L.P. Rosa et. al.Impactos de grandes projetos hidrelétricos e nucleares. Rio: Marco Zero, 1988.
Silva, Gláucia. Risco tecnológico e tradição: notas para uma antropologia do sofrimento. Antropolítica n. 7: 57-73, 1999.
Thomas, Keith. O homem e o mundo natural. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
Wagner, Alfredo B. de Almeida. Universalização e localismo. Movimentos sociais e crise dos padrões tradicionais de relação política na Amazônia. CESE-Debate, versão atualizada do texto publicado na Revista ABRA nº 1, 1990.
TÓPICOS ESPECIAIS EM ANTROPOLOGIA XL - IFCH02 10717
Horário: 3a M3/M4 e 5a M3/M4
Professora: Simone Pondé Vassallo
"RELAÇÕES INTERÉTNICAS"
Objetivo do curso: Num primeiro momento, o curso irá problematizar a noção de identidade étnica, através da análise da bibliografia básica sobre o tema. Tentaremos, mais especificamente, repensar noções como nação, raça, etnia, território e cultura no mundo moderno, os vínculos que mantêm entre si e o contexto histórico em que são veiculadas.
Em seguida, analisaremos as relações interétnicas através de obras contemporâneas que ressaltem as noções de fluxos, hibridismo, transnacionalização e globalização. Contemplaremos autores que procuram refletir sobre o enorme deslocamento de pessoas, signos e mercadorias, característico dos dias de hoje, e de que modo isto repercute nas relações entre identidade e cultura. Serão abordados temas como religião, negritude, identidades indígenas, migrações, diásporas, entre outros.
Obs.: a ementa definitiva estará disponível a partir do primeiro dia de aula.
Bibliografia preliminar
AGIER, Michel. “Distúrbios identitários em tempos de globalização”. In: Mana, 7 (2) 2001.
ANDERSON, Benedict. “Introdução”. In: Um mapa da questão nacional. Rio de Janeiro, Contraponto, 2000 [1996].
BARTH, Fredrik. “Os grupos étnicos e suas fronteiras”. In: O guru, o iniciador e outras variações antropológicas. Rio de Janeiro, Contra Capa, 2000 [1969].
CANCLINI, Nestor García. A globalização imaginada. São Paulo, Ed. Iluminuras, 2003.
CUNHA, Manuela Carneiro da. “Etnicidade: da cultura residual mais irredutível” e “Religião, comércio e etnicidade: uma interpretação preliminar do catolicismo brasileiro em Lagos no século XIX”. In: Antropologia do Brasil: mito, história, etnicidade. São Paulo, Brasiliense, 1986.
FEATHERSTONE, Mike (ed). Cultura global. Nacionalismo, globalização e modernidade. Petrópolis, Vozes, 1998 [1990].
GEERTZ, Clifford. “O mundo em pedaços: cultura e política no fim do século”, in: Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2001.
HALL, Stuart. Da diáspora. Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2003.
HANNERZ, Ulf. “Fluxos, fronteiras e hibridismos: palavras-chave da antropologia transnacional”. In: Mana, 3 (1) 1997.
HOBSBAWM, Eric & RANGER, Terence. “Introdução. In: A inveção das tradições. Rio de Janeiro, ed. Paz e Terra.
MAGGIE, Yvonne & RESENDE, Cláudia. Raça como retórica: a construção da diferença. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2002.
POUTIGNAT, P. e STREIFF-FENART, J. Teorias da etnicidade. SP, Ed. Unesp, 1997 [1995].
SANSONE, Livio. Negritude sem etnicidade. Rio de Janeiro/Salvador, Pallas/Edufba, 2003.
WEBER, Max. “Comunidades étnicas”. In: Economia e sociedade, vol. 2.
TÓPICOS ESPECIAIS EM SOCIOLOGIA II - IFCH02 6172
Horário: 3ª M5/M6 e 5ª M1/M2
Professora: Márcia Leite
"NOVA POBREZA URBANA, SEGREGAÇÃO E PRODUÇÃO DE PERIFERIAS"
Objetivo do curso: O curso propõe-se a discutir como a produção da nova pobreza urbana vem sendo articulada a políticas e dinâmicas segregatórias que resultam na produção de novas periferias de nossas cidades/sociedades. Examinará alguns dos processos históricos e das dinâmicas atuais responsáveis pela configuração dessas “margens” no período fordista e por sua reconfiguração em tempos de globalização, enfocando velhos problemas e novas questões nesses dois contextos. Analisará como a produção da nova pobreza urbana articula-se ao estigma e à segregação de populações e territórios, buscando identificar como das “margens” se produzem diversas reapropriações discursivas e iniciativas no plano da ação que buscam incidir sobre estas questões.
Bibliografia:
Anderson, Benedict. Comunidades imaginadas. SP: Companhia das Letras, 2008.
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