ELETIVAS 2015. 1
eletiva de ciência política:
Disciplina: Teoria política moderna ( IFCH02-05778 )
Curso: Ciências sociais
Professor responsável: João Trajano
Período: 2015.1
Horário: Terça - N3 até N6
Crédito:
Objetivo:
O curso será dedicado à leitura e à discussão de um único livro: Mudança estrutural na esfera pública, de Jurgen Habermas. Uma das mais importantes e citadas obras do autor alemão, esse livro abre caminhos para uma série de discussões relevantes relativas ao cenário político do final do século XX e início do século XXI. Ao longo do curso serão indicados e, eventualmente, debatidos alguns textos de apoio.
Bibliografia:
Mudança estrutural na esfera pública, de Jurgen Habermas
eletiva de antropologia:
Disciplina: Antropologia da religião ( IFCH02-02593)
Curso: Ciências sociais
Professor responsável: Marcia Contins
Período: 2015.1
Horário: Terça - N1 até N4
Crédito
Objetivo:
O propósito geral do curso é discutir as interpretações da religião na chamada tradição antropológica. A visão antropológica é aquela que toma como referência a noção de “cultura” e vê a religião como expressão simbólica; e exploram os fenômenos religiosos em sua dimensão cognitiva, concentrando-se na relativa autonomia desta. O objetivo específico deste curso é discutir os autores que interpretaram as religiões afro brasileiras a partir desta perspectiva. Além de apresentar as principais questões teóricas e metodológicas recentes no estudo da religião. Um dos objetivos do curso é pensar os diversos estudos sobre religião atuais ou não numa perspectiva antropológica da religião. O curso tem início com Émile Durkheim e chega aos antropólogos ingleses e franceses como Ioan Lewis, Mary Douglas, Victor Turner e Claude Lévi-Strauss. Clifford Geertz, através de uma concepção “interpretativa” da “cultura”, entendida como uma “teia de significados” (sobretudo a partir de Interpretações da cultura, onde a religião é pensada como um “sistema cultural”) pode ser usada como espécie de passagem para os recentes debates pós-estruturalistas sobre cultura e religião. Neste contexto entra em cena, entre outras, a noção de “narrativa”, cujos efeitos sobre os estudos da religião serão também objeto de nossas discussões. Outros debates estarão presentes como poder e magia, etnicidade, identidade, diáspora etc.
Programa de curso : Iniciaremos o curso a partir das discussões antropológicas sobre as práticas mágicas e religiosas. Posteriormente discutiremos o ritual que veio a ser entendido como a condição mesma dos processos de construção e reprodução da vida social. Nesse sentido, o ritual desempenha um papel central na própria formação das identidades sociais e, portanto, no conhecimento comparativo das sociedades humanas. Neste curso, discutiremos, inicialmente, com base na literatura antropológica clássica, os conceitos de práticas religiosas e mágicas e também o conceito de ritual. A materialidade da religião, os espaços e os objetos que fazem parte dos rituais religiosos.
Bibliografia:
1.Geertz, Clifford. O beliscão do destino: a religião como experiência, sentido, identidade e poder.In: Geertz, C. Nova luz sobre a antropologia. Rio, Zahar, 2001. p. 149-165 2. Durkheim, Emile - Formas elementares da vida religiosa Livro III, Capítulo Primeiro: “O culto negativo e suas funções: os ritos ascéticos”. Ed. Paulinas. 3. Van Gennep, Arnold - Os ritos de passagem 4. Douglas, Mary - Pureza e Perigo e Natural symbols 5. Turner, Victor - Forest of symbols e O processo ritual 6. Lewis, Ioan - Êxtase religioso 7. Levi-Strauss, C. - O pensamento selvagem 8. Middleton, John - Lugbara religion 9. Evans-Pritchard - Antropologia social da religião e Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. 10. 1. Evans-Pritchard, E.P. “Teorias psicológicas”; “Teorias sociológicas” In: Antropologia social da religião, pp. 35-109. Ed. Campus; Nuer Religion. 11. Mauss, M.1. “O ensaio sobre a dádiva” In: Sociologia e antropologia. Edusp. 2. “A prece”. In: Mauss.São Paulo, Ática, 1979. p. 102-146.. 3. Esquimós. In: Sociologia e Antropologia,1974. BASTIDE, Roger. 1971. As religiões africanas no Brasil. São Paulo: Pioneira. ____. 2001. O candomblé da Bahia: rito nagô. São Paulo: Companhia das Letras. CARNEIRO, Édison. 1978. Candomblés da Bahia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. CONTINS,Marcia2009. “O caso da Pomba-Gira: reflexões sobre crime, possessão e imagem feminina”. In: Edlaine Gomes (org.), Dinâmicas contemporâneas do fenômeno religioso na sociedade brasileira. São Paulo: Idéias e Letras. DANTAS, Beatriz Góis. 1982. “Repensando a pureza nagô”. Religião e Sociedade, 8:. FERRETITI, Sérgio Figueiredo. 1985. Repensando o sincretismo: estudo sobre a Casa das Minas. São Paulo: Edusp/Fapema. LANDES, Ruth. 1967. A cidade das mulheres. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. MAGGIE, Yvonne. 2001. Guerra de orixá: um estudo de ritual e conflito. Rio de Janeiro: Zahar . __. & CONTINS, Marcia. 1980. “Gueto cultural ou a umbanda como modo de vida: notas sobre uma experiência de campo na Baixada Fluminense”. In: Gilberto Velho (org.), O desafio da cidade. Rio de Janeiro: Campus. RIO, João do. As religiões do Rio. Rio de Janeiro: Garnier. RODRIGUES, Nina. O animismo fetichista dos negros baianos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. SILVA, Vagner Gonçalves da . 1992. Orixás na metrópole. Rio de Janeiro: Vozes.